JMJ PANAMÁ/indígenas Indígenas brasileiros na JMJ
JMJ PANAMÁ/indígenas
Indígenas brasileiros na JMJ
"A
Igreja deveria reforçar, como o Papa Francisco já vem fazendo, o
protagonismo dos povos indígenas”, é o depoimento de um jovem indígena
brasileiro do povo Tukano. Os jovens inspiram-se nas palavras do Pontífice:
"seguir em frente valorizando as memórias do passado, com coragem no
presente e esperança para o futuro."
Cidade do Vaticano
A Jornada Mundial da Juventude Indígena, reúne mais de mil jovens
indígenas provenientes de vários países, que juntos com os jovens locais
compartilham a mesma fé católica na diversidade de suas culturas ancestrais,
suas expectativas e suas lutas.
Este evento é uma das novidades
nesta Jornada Mundial da Juventude, que iniciou na quinta-feira, 17, e se
estende até o dia 21, período em que as Dioceses panamianas estão acolhendo os
jovens peregrinos de várias partes do mundo.
Depoimentos dos jovens
indígenas brasileiros
São jovens de diferentes povos e
regiões, que esperam que o encontro seja uma “grande oportunidade para a gente
poder fazer uma troca de experiências”, segundo Ionara, uma jovem de 18 anos do povo guarani kaiowa de Mato Grosso
do Sul. Para a jovem, a JMJ “é uma oportunidade única para poder falar como é a
visão dos povos indígenas jovens. Também para poder conhecer os outros povos
indígenas e os jovens, porque hoje em dia os jovens são pouco valorizados”.
Doralice do povo Macuxi, conta que participa pela primeira
vez na JMJ, e está feliz de poder trazer até o Panamá "os anseios do povo
do nosso país e a nossa realidade e compartilhar com outros povos indígenas a
realidade brasileira".
Sidiclei, é um jovem do povo tukano, seminarista da diocese de São
Gabriel da Cachoeira, no estado de Amazonas, que em 2019 vai ser ordenado
diácono e sacerdote. No meio aos clamores dos povos indígenas, ele destaca o
direito à vida: "os povos indígenas desde 500 anos atrás, desde a
colonização, continuam sendo mortos. Parece que o ser humano não cresce, não
evolui para a humanização.”
Na diocese de São Gabriel está começando se formar o clero autóctone, que pode
ajudar “os próprios povos indígenas a caminharem por si mesmos, lutar pela
valorização de suas tradições culturais, de seus valores éticos, e pela
ecologia integral, para a sobrevivência do próprio ser humano”, insiste o seminarista Sidiclei.
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