ACOLHIMENTO O testemunho cristão do acolhimento por Armando Soares
ACOLHIMENTO
O testemunho cristão do
acolhimento por Armando Soares
O Dia Internacional dos migrantes foi instituído a 4 de
dezembro de 2000 pela Assembleia Geral das Nações unidas, depois de algumas
organizações não-governamentais asiáticas terem vindo a realizar desde 18 de
dezembro de 1997, algumas iniciativas, com a contribuição activa das Igrejas e
das comunidades eclesiais, que visam o reconhecimento dos direitos dos
migrantes, com o objectivo de uma protecção social e do respeito pela sua
dignidade.
Ao longo destes anos, o Dia internacional dos migrantes
assumiu uma dimensão ecuménica devido ao envolvimento activo das Igrejas e
comunidade eclesiais, multiplicando-se os encontros de reflexão, as
manifestações públicas e os momentos de oração, sob o tema do acolhimento. Um
panorama de muitas iniciativas que seria muito longo enumerar. Lembramos apenas
as realizadas em várias cidades dos Estados Unidos com a colaboração de
cristãos comprometidos, em colaboração com as comunidades cristãs locais, no
acolhimento feito a quem chega aos USA em busca de trabalho, sobretudo do
México e da América Latina central.
Na América Latina, nações como o Equador, a Bolívia e o
Peru programaram manifestações públicas recordando que uma viagem para outro
país em busca de trabalho deve ser sempre uma viagem de esperança e em favor da
vida, com o slogan “No más migrantes muertos ni desaparecidos”, é
o convite. Na Austrália os Bispos incentivam a celebração deste dia que muitas
vezes assume um carácter ecuménico, inter-religioso.
Em Singapura, graças à iniciativa duma comunidade católica
e com a participação de outras cristãs, o dia quer ser ocasião para “
reconhecer o contributo de milhões de migrantes para as economias dos países
onde vivem”, e contribuir para a reunificação da família, dando-lhe
estabilidade.
Na Malásia realizou-se há pouco um encontro ecuménico no
qual se afirmou: os cristãos devem «trabalhar com dedicação com quantos são
obrigados a emigrar em busca de um trabalho para melhorar a própria vida e a
das suas famílias e com quantos fogem da violência e do abuso do poder político
na sua pátria».
Na Europa o debate sobre o acolhimento dos migrantes, os
seus direitos e as suas políticas para a reunificação familiar tornou-se, por
um lado, um tema de confronto entre as Igrejas, as comunidades eclesiais e
religiosas, e por outro, as instituições comunitárias e nacionais,
sobretudo nos países da União Europeia.
Ao enfrentar estes temas, a hospitalidade e a protecção do
indivíduo constituem valores centrais para todos os cristãos, segundo as
palavras de Jesus. Por isso, “os cristãos são chamados a defenderem os
direitos do ser humano como tarefa evangélica de anúncio do evangelho pois
homem e mulher foram criados à imagem de Deus». (Fonte: O testemunho cristão
do acolhimento, em L`Osservatore Romano, n. 51, 2012) in NA FORÇA DA JUVENTUDE
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