VENEZUELA/deterioração Conferência Episcopal denuncia «deterioração humana e social da população», com críticas ao governo
VENEZUELA/deterioração
Conferência Episcopal denuncia «deterioração humana e social da
população», com críticas ao governo
Jan 9, 2019 - 10:35
«Mudar completamente essas
políticas é o desafio para o ano que começa» – D. José Luis Azuaje Ayala
O presidente da Conferência Episcopal da Venezuela (CEV)
alertou para o que chamou de “crise sem precedentes” que o país está a viver
“em todas as áreas”, na abertura da 61.ª Assembleia Plenária do Episcopado, a
decorrer em Caracas.
“Infelizmente, aqueles que
guiaram o governo nestes últimos anos, produzindo uma deterioração humana e
social da população e da riqueza da nação, continuam no mesmo caminho, sem
mudanças significativas na economia e para a melhoria das condições de vida dos
venezuelanos”, disse D. José Luis Azuaje Ayala.
Na informação divulgada pela ‘Vatican News’, o arcebispo de Maracaibo alertou para a “alta taxa de
pobreza” na Venezuela, para o aumento de pessoas doentes, que “não podem ser tratadas
por instituições de saúde que entraram em colapso”, para a “maior ameaça e
repressão” e uma “violência incontrolável” com “mais de 20 mil pessoas
assassinadas em 2018”.
“Hiperinflação e a destruição
do setor produtivo, corrupção aberta e brutal, a maior emigração na história
venezuelana, centenas de prisioneiros políticos, civis e militares que clamam
por justiça, violações dos direitos humanos que tiveram o seu ápice com o
assassinato do jovem índio Pemon Charly Peñaloza, de 21 anos, e a repressão das
comunidades indígenas e líderes comunitários” foram outras situações
denunciadas pelo presidente da CEV.
Para D. José Luis Azuaje Ayala
“mudar completamente” essas políticas é um objetivo do qual “não se pode
fugir”.
Nicolas Maduro, presidente da
Venezuela, vai tomar posse para um novo mandato, a 10 de janeiro 2019, depois de
vencer as eleições antecipadas de 20 de maio de 2018, que foram boicotadas pela
oposição.
“Tantas são as dúvidas sobre
esse juramento: é legítimo, é ilegítimo?”, questionou o presidente da
Conferência Episcopal Venezuelana, assinalando que a história, “no momento
apropriado”, dará o “seu veredicto”.
No seu discurso de abertura da
61.ª Assembleia Plenária do Episcopado, o arcebispo de Maracaibo incentivou a
uma “mudança integral na política e lideranças”, pela união dos venezuelanos,
“dentro e fora do país”.
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