BRASIL Chapadinha – MA UM SONHO BONITO PP. M. NEVES | CASIMIRO JOÃO m.b.n.)

BRASIL
Chapadinha – MA
UM SONHO BONITO
PP. M. NEVES | CASIMIRO JOÃO m.b.n.1)


Deus teve um sonho bonito. Sonhou e fez o ser humano à sua imagem e semelhança (Gen.1,27). “No princípio era o Verbo”(Jo,1,1). 
Quer dizer: na origem de todas as coisas está Deus. Também na origem de nós mesmos, de nossos desejos e da saudade que sentimos. Sim, ao ver uma criança, ao admirar uma obra de arte bela, ao nos extasiar com uma paisagem deslumbrante... sentimo-nos confortados, satisfeitos e, algum modo, puxados a realizar uma profunda saudade que carregamos: do sonho e da ação que Deus teve ao nos criar. “No princípio era o Verbo”(Jo.1,1), sim, era a Beleza, a Alegria, a Felicidade...e Deus  vinha conviver com o ser humano na brisa da tarde (Gen, 3,8). 
Sonho bem sonhado e realizado com amor. “E Deus viu que tudo era bom (Gen.1,18). Mas o ser humano, deixou-se arrastar por outro sonho: ser como Deus. E desgraçou sua felicidade. Estragou o sonho de Deus. Caiu no pecado. Deixou-se enterrar na lama do sofrimento. Deus, porém, não desanimou. 
Refez seu projeto. Veio em socorro do ser humano. Não o abandonou. Caprichou até  num maravilhoso plano para levantar o ser humano da queda. Inventou a História da Salvação em que enviou Patriarcas, Profetas, Reis para guiar Seu Povo e, por fim, veio Jesus de Nazaré (Mat. 2,1). Outro sonho belo que Deus realizou e continua realizando. Seu Espírito actua no íntimo de cada ser humano. 
E essa é a razão pela qual cada um de nós transporta algo de profundo, um íntimo desejo de ser feliz, um sentir-se bem e a admirar onde essa beleza se mostra com mais evidência. Trazemos saudade do primeiro sonho de Deus. Somos seres de saudade. E isso nos estimula a procurar um sentido de vida na linha da felicidade e da alegria. Muitas vezes, distraídos com a sedução das coisas materiais, distraímo-nos e arquivamos essa saudade. Ficamos perdidos e sentimo-nos recompensados nas alegrias esporádicas, nos prazeres passageiros. Uma pura ilusão! 
E Deus, mais uma vez, vem em nosso socorro. Envia-nos os santos que nos acordam e fazem-nos sentir essa saudade. Daí a importância dos santos que levaram a vida mais a sério, sentiram e se deixaram arrastar pelo ímpeto dessa saudade que carregamos. Os santos funcionam como despertadores. São conselheiros, bons amigos e irmãos que nos chamam à realidade. Celebrar o Padroeiro não é só questão de festejo, de novena ou procissão. É aceitar a interpelação do santo que é exemplo e tem força de intercessão. 

Os santos viveram uma comunhão trinitária mais profunda, dão visibilidade ao sagrado, são voz de Deus que nos chama. Os santos são Deus que se aproxima de nós, do nosso tempo e nos convida à santidade. Eu senti isso muito forte ontem quando Paulo VI que eu vi, cumprimentei em Fátima, escreveu o mais belo documento pontifício que conheço: “anunciar o Evangelho”

Ontem foi colocado como Beato, digno de imitação. Graças a Deus e valha-nos a intercessão do Beato Paulo VI! In VOZ DA MISSÃO, Out-Dez, 2014

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