BURKINA FASO deslocados
BURKINA FASO deslocados
Violência em Burkina
Fasso já causou 780 mil deslocados internos
16 março 2020
PMA/Marwa
Awad
Zore Yusef compartilha uma refeição com um de
seus filhos. O conflito armado forçou sua família a fugir da região norte de
Burkina Faso.
A insegurança em Burkina Fasso está forçando um número cada
vez maior de pessoas a fugir de suas casas. Em apenas 17 dias,
foram mais de 14 mil pessoas – informa ACNUR.
No total, o número de
deslocados internos já chegou a 780 mil. Mais de 2 mil pessoas
fugiram para o Mali.
Ao
mesmo tempo, um número preocupante de refugiados do Mali diz que é mais seguro
retornar ao seu país de origem do que permanecer no Burkina Faso. O
país abriga mais de 25 mil refugiados malianos.
O Acnur continua
alarmado com o aumento dramático do deslocamento forçado em toda a
região do Sahel e reitera seu apelo à proteção das
populações. Segundo o porta-voz da agência, Babar Baloch, os funcionários humanitários “precisam
de acesso seguro para prestar assistência.”
Baloch diz
que o aumento da resposta passa por mais serviços de proteção e
suprimentos de emergência para todos. As prioridades são dadas
a abrigo, educação e violência sexual e de género.
Em novembro do ano passado,
o Acnur foi forçado a mudar, temporariamente, a sua equipe
de Djibo, no nordeste do país. Desde então, a distribuição de
ajuda, incluindo alimentos, para os 7 mil refugiados do
campo de Mentao tem sido esporádica.
Este
mês, também aconteceram incidentes preocupantes de violência em torno de
Dori, afetando assentamentos e aldeias. Moradores ficaram sem
acesso a mercados e escolas e
com poucas oportunidades para sustentar suas
famílias. A saúde também está em risco, pois a única ambulância no campo
foi roubada.
Cerca
de 70% dos quase 8,8 mil refugiados que vivem
em Goudoubo já optaram por deixar o campo, seja para regressar
ao Mali ou para serem deslocados para outras cidades.
No
Mali, o Acnur está reforçando o apoio às pessoas que regressam. Uma
vez registrados, os retornados recebem assistência em dinheiro para
facilitar sua reintegração.
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