SER HUMANO pó amado por Deus
PAPA FRANCISCO Covid-19
O aniversário de um Papa que nos guia nos acompanhando
O início do oitavo ano de
ministério petrino de Francisco cai em meio à crise causada pela pandemia
coronavírus: "Somos pó, mas pó precioso, amado por Deus, destinado a viver
para sempre"
Por Vatican News
13
Março, 2020 por ANDREA TORNIELLI
Foto: Vatican Media |
No fundo, nas celebrações
diárias o Papa “pároco” que prega a pequenos grupos de fiéis, conta aquilo que
a meditação sobre a Palavra de Deus suscitou nele. Um acompanhamento dia após
dia, que se tornou compromisso confortador para tantas pessoas que nestes sete
anos buscaram e leram a síntese da homilia de Santa Marta oferecida pela mídia
vaticana. Agora esse acompanhamento simples e concreto da parte do Papa que
celebra a Missa na capela da sua residência oferecendo o sacrifício eucarístico
por quem sofre, pelos enfermos, por seus parentes, pelos médicos, os
enfermeiros, os voluntários, os anciãos sozinhos, os encarcerados, as
autoridades, tornou-se ainda mais evidente e confortador.
Na Quarta-feira de Cinzas, o
Sucessor de Pedro dissera: “Começamos a Quaresma com a recepção das cinzas:
‘Lembra-te que és pó da terra e à terra hás de voltar’. O pó recorda-nos que
viemos da terra e, à terra, voltaremos; somos débeis, frágeis, mortais. No longo
decorrer dos séculos e milénios, passamos num ai; comparados com a imensidão das
galáxias e do espaço, somos minúsculos; somos um bocado de pó no universo. Mas
somos pó amado por Deus, que amorosamente o Senhor recolheu nas suas mãos e,
nele, insuflou o seu sopro de vida. Por isso somos um pó precioso, destinado a
viver para sempre. Somos sonhos de Deus: sua esperança de Deus, seu tesouro, a
sua glória”.
O Papa concluía a sua homilia
com as seguintes palavras: “Deixemo-nos reconciliar, para viver como filhos
amados, pecadores perdoados, doentes curados, viandantes acompanhados. Para
amar, deixemo-nos amar; deixemo-nos erguer, para caminhar rumo à meta – à
Páscoa. Teremos a alegria de descobrir que Deus nos ressuscita das nossas
cinzas”.
Justamente para testemunhar este
olhar de esperança e este abraço voltado a todos, o Papa que nos guia nos
acompanhando, terça-feira, 10 de março, rezou
em particular pelos sacerdotes, a fim de que neste momento tenham a força para
acompanhar, confortar e estar próximos de quem sofre. E, embora tomando todas
as precauções possíveis, tenham “a coragem de sair e ir até os enfermos,
levando a força da Palavra de Deus e a Eucaristia e acompanhar os agentes de
saúde, os voluntários” no serviço extraordinário que estão realizando.
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