ONU meio milhão de casos covid-19
ONU meio milhão
OMS confirma mais de 500 mil casos de covid-19
BR
27
março 2020
Lu Xiang Equipe médica em Hubei, China. OMS estima que 100 mil pessoas se recuperaram da doença no mundo
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Saúde
Falta de equipamentos de
proteção individual é maior ameaça global;
OMS anuncia pesquisa de
segurança e eficácia de quatro medicamentos ou combinações;
A Organização Mundial da
Saúde, OMS, registou mais de meio milhão de casos confirmados de covid-19 em todo o mundo. Pelo menos 20 mil pessoas
morreram e 100 mil se recuperaram da doença, segundo o diretor-geral da
agência.
Tedros Ghebreyesus disse a
jornalistas esta sexta-feira – 27/o3/20 -, em Genebra, que mais de 50 ministros
da Saúde do mundo compartilharam experiências e lições aprendidas com o
surto na China, no Japão, na Coreia do Sul e em Cingapura.
Equipamentos
Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS,
Tedros Ghebreyesus. , by ONU/ Elma Okic
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O chefe da OMS destacou como
ações bem-sucedidas a detecção precoce, isolamento, acompanhamento,
identificação e quarentena de casos confirmados e de pessoas com quem tiveram
contato. Outras medidas são otimizar os cuidados e promover a comunicação em
favor da confiança entre pessoas e grupos.
A mais urgente ameaça global é
a falta de equipamentos de proteção individual. A agência forneceu cerca de 2
milhões de itens e equipamentos de proteção a 74 países, e prepara a mesma
quantidade para mais 60 nações.
Para Ghebreyesus, ainda é
preciso fazer muito mais e o problema “só pode ser resolvido com cooperação e
solidariedade”. Ele destacou que todos estão em risco quando os profissionais
da saúde estão expostos a essa situação.
Além de reforçar que é preciso
apoiar pesquisas e testes de casos mais agressivos, o chefe da OMS pediu que
seja aumentada a produção e capacidade de realizar testes em todo o
mundo. De acordo com a atualização divulgada, pelo menos 509.164 da doença
foram confirmados e pelo menos 23.335 pessoas perderam a vida em 201 países e
territórios.
Tratamento urgente
Tedros disse que uma vacina
contra o novo coronavírus demorará, pelo menos, 18 meses. Enquanto isso, é
preciso tratamento urgente para os pacientes e salvar vidas.
A Noruega e a Espanha já têm
os primeiros candidatos inscritos para participar na chamada Pesquisa de
Solidariedade, que deve comparar a segurança e a eficácia de quatro
medicamentos ou combinações diferentes.
Para a OMS, esse teste
histórico reduzirá de forma drástica o tempo necessário para ter fortes
evidências sobre a ação dos remédios. Mais de 45 países já contribuem para esse
ensaio e vários outros expressaram interesse.
Evidências
O diretor-geral lembrou que na
história da medicina há muitos “exemplos de medicamentos que funcionavam no
papel ou em um tubos de ensaio, mas não em humanos para os quais chegaram a ser
prejudiciais”.
Essa situação ocorreu durante
a recente epidemia do ebola, quando “alguns medicamentos considerados eficazes
não o foram”, após terem sido comparados em ensaios clínicos. Tedros destacou ainda
que devem ser seguidas as evidências científicas e que “não há atalhos” para
essa questão.
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