JUVENTUDE
Levanta-te jovem… !
Quantas vezes nos acontece
sermos testemunhas oculares de inúmeros acontecimentos, sem nunca os vivermos!
Esquecemo-nos de fixar nos olhos as pessoas envolvidas.
Há situações de morte física ou moral em que é possível encontrar-se um
jovem, tais como os vícios, o crime, a miséria, uma doença grave.
Há quem arrisque tudo em experiências extremas, e entre em depressão, colocando
em perigo a própria vida.
Há jovens que estão «mortos», porque, sem esperança, não têm coragem
para se levantar.
Há situações onde reina a apatia e o indivíduo se perde num abismo de
angústias e remorsos.
Há inúmeros jovens que choram, sem que ninguém ouça o grito da sua
alma. Ao seu redor, só há olhares indiferentes.
Há quem deixe correr os dias na superficialidade, considerando-se vivo
quando dentro, na realidade, está morto (Ap 3, 1). Tudo se reduz a um
«deixar correr», contentando-se com qualquer gratificação: um pouco de
diversão, algumas migalhas de atenção e carinho dos outros.
Há também um generalizado narcisismo digital, que influencia tanto
jovens como adultos.
Há quem respire o materialismo de quem pensa que ganhar dinheiro e
estabelecer-se na vida, são os únicos objetivos da mesma.
Há um surdo mal-estar, uma apatia, um tédio de viver, cada vez mais
angustiante.
Há fracassos no campo escolar, ou desportivo e artístico.
O fim dum «sonho» pode levar a
sentir-se morto. Mas os fracassos fazem parte da vida de todo o ser humano,
podendo às vezes revelar-se até uma graça. Com frequência, algo que pensávamos
nos iria dar felicidade, revela-se uma ilusão, um ídolo. E os ídolos
escravizam-nos, não dando algo em troca. Deixam apenas pó e fumo.
Se os fracassos fizerem cair
os ídolos, são bons, ainda que façam sofrer.
Ao mesmo tempo, lembrai-vos de
que aquele jovem do Evangelho – estava realmente morto – voltou à vida, porque
foi visto por Alguém que queria que ele vivesse. Isto pode acontecer.
ainda hoje e todos os dias.
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