GRECIA Parlamento grego adopta austeridade para novo resgate


GRECIA
Parlamento grego adopta austeridade para novo resgate

Grécia viveu um dia decisivo | Alkis Konstantinidis - Reuters
Debaixo de contestação nas ruas, o Parlamento de Atenas 
aprovou na última noite o acordo desenhado em Bruxelas 
para o terceiro resgate financeiro da Grécia, que poderá
 chegar aos 86 mil milhões de euros.

O dia de quarta-feira na Grécia foi dominado pela discussão parlamentar do acordo que permite um terceiro resgate dos cofres públicos do país.
Alexis Tsipras, primeiro-ministro grego, pediu ao Parlamento para que fosse realizada uma escolha de forma responsável, tendo em conta o acordo conseguido com o Eurogrupo na maratona negocial do último fim de semana em Bruxelas.
No entanto, Tsipras confessou que não concorda com as medidas, considerando mesmo que o novo acordo impõe a chantagem e o sufoco ao povo grego.
"Não acreditamos no acordo mas somos forçados a adotá-lo", afirmou o governante no Parlamento.
E continuou a sua exposição, explicando que a Grécia precisa de uma reestruturação da dívida para poder sair da crise em que se encontra.
Apesar de uma grande oposição no Parlamento, o acordo que permitirá realizar um terceiro resgate à Grécia foi aceite com o apoio dos partidos pró-Europa e da direita, desde logo da Nova Democracia. Esta aprovação dará lugar a um novo empréstimo que permitirá à Grécia reembolsas duas parcelas em dívida para com os credores internacionais. Internamente, fraturou o Syriza.
O ex-ministro grego das Finanças Yanis Varoufakis e a presidente do Parlamento, Zoé Konstantopoulou, votaram contra o acordo conseguido com os líderes da Zona Euro.

O pacote foi viabilizado com 229 votos a favor, enquanto que 64 deputados votaram contra. Foram contabilizadas seis abstenções. Entre os votos negativos e as abstenções, contam-se 38 votos da formação política do primeiro-ministro.

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