Dia Mundial do Doente . A Igreja ao serviço dos doentes


Dia Mundial do Doente . 
A Igreja ao serviço dos doentes
O Dia Mundial do Doente é celebrado anualmente no dia 11 de fevereiro. A data foi instituída a 11 de fevereiro de 1992, pelo Papa João Paulo II. Segundo ele a data representa “um momento forte de oração, de partilha, de oferta do sofrimento pelo bem da Igreja” e de apelo dirigido a todos para o cuidado a ter com os doentes de todo o mundo .
A efeméride celebra-se no dia da festa de Nossa Senhora de Lourdes, em toda a Igreja Católica. Com efeito é neste Santuário que se junta o maior número de doentes de todo o mundo. Uma procissão única nesta dimensão dos doentes. O Dia Mundial do Doente é celebrado em Portugal através de ações que visam sensibilizar a sociedade civil para a necessidade de apoiar e ajudar todas as pessoas doentes.
Na sua mensagem para o XXVI Dia Mundial do Doente 2018, o papa Francisco escolheu como tema as palavras de Jesus na cruz: «“Eis o teu filho! (…) Eis a tua mãe!” E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua casa» (Jo 19, 26-27).
O serviço da Igreja aos doentes e a quantos cuidam deles deve continuar em fidelidade ao mandato do Senhor (Lc 9, 2-6, Mt 10, 1-8) e seguindo o seu exemplo. É na cruz que Jesus deixa as últimas vontades para o desenvolvimento da comunidade cristã e dos seus discípulos. No Pentecostes, Maria começou a desempenhar a sua tarefa na primeira comunidade da Igreja.
O discípulo João representa a Igreja. Reconhece Maria como Mãe. A vocação materna de Maria, a vocação de cuidar dos seus filhos, passa para João e para toda a Igreja.
João pode testemunhar que encontrou muitas pessoas doentes no espírito, porque cheias de orgulho (cf. Jo 8, 31-39), e doentes no corpo (cf. Jo 5, 6). A todos, concedeu misericórdia e perdão e, aos doentes, também a cura física, sinal da vida abundante do Reino.  Como Maria, os discípulos são chamados a cuidar uns dos outros; mas não só: eles sabem que o Coração de Jesus está aberto a todos, sem exclusão. A caridade dos cristãos deve estender-se a todos quantos passam necessidade, porque filhos de Deus.
Esta vocação materna da Igreja concretizou-se, ao longo da sua história bimilenária, numa série riquíssima de iniciativas a favor dos enfermos. Esta história continua ainda hoje, em todo o mundo. “Nos países onde existem sistemas de saúde pública suficientes, o trabalho das congregações católicas, das dioceses e dos seus hospitais, além de fornecer cuidados médicos de qualidade, procura colocar desenvolver a pesquisa científica no respeito da vida e dos valores morais cristãos”.
“Nos países onde os sistemas de saúde são insuficientes ou inexistentes, a Igreja devia esforçar-se por oferecer às pessoas o máximo possível de cuidados da saúde, por eliminar a mortalidade infantil e debelar algumas pandemias.” A imagem da Igreja como «hospital de campo», é uma realidade muito concreta, porque, nalgumas partes do mundo, os hospitais dos missionários e das dioceses poderão ser os únicos que fornecem os cuidados necessários à população.
Do passado devemos aprender: a generosidade até ao sacrifício total de muitos fundadores de institutos ao serviço dos enfermos; a criatividade, sugerida pela caridade e o empenho na pesquisa científica.
Esta herança do passado ajuda a projetar bem o futuro. E a preservar os hospitais católicos do risco duma mentalidade empresarial, acabando por descartar os pobres e buscando lucros. Pelo contrário, a caridade exige que a pessoa do doente seja respeitada na sua dignidade e sempre colocada no centro do processo de tratamento. Sobre os doentes, a Igreja deve pousar o mesmo olhar rico de ternura e compaixão do seu Senhor.
Não podemos esquecer aqui a ternura e a perseverança com que muitas famílias acompanham os seus filhos, pais e parentes, doentes crónicos ou seus doentes queridos incapacitados, mas   estimados como baluartes e expressão de muito trabalho e dedicação. Os cuidados prestados em família são um testemunho extraordinário de amor pela pessoa humana. Médicos e enfermeiros, sacerdotes, consagrados e voluntários, familiares e todos aqueles que se empenham no cuidado dos doentes, participam nesta missão eclesial. É uma responsabilidade compartilhada, que enriquece o valor do serviço diário de cada um.

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