LAMEGO Bispo propõe Quaresma de combate à « indiferença»


LAMEGO
Bispo propõe Quaresma de combate à «indiferença»
República Democrática do Congo

D. António Couto destina renúncia quaresmal a diocese da República Democrática do Congo

Bispo propõe Quaresma de combate à «indiferença» cordas até às periferias do mundo, e que o nosso olhar seja de Misericórdia para os nossos irmãos de perto e de longe. Façamos um exercício de verdade. Despojemo-nos, não apenas do que nos sobra, mas também do que nos faz falta”, escreve D. António Couto, na sua mensagem para este tempo quaresmal. O bispo de Lamego alertou também para “as ervas daninhas Foto Flickr Jornada de oração e jejum soma-se a mensagem para todos os católicos O Papa escreveu uma mensagem aos católicos de todo o mundo, com indicações para a Quaresma, que se iniciou na Quarta-feira de Cinzas (14 de fevereiro), na qual propõe práticas ligadas à oração, jejum e esmola, com atenção aos mais necessitados. “A prática da esmola liberta-nos da ganância e ajuda-nos a descobrir que o outro é nosso irmão: aquilo que possuo, nunca é só meu. Como gostaria que a esmola se tornasse um verdadeiro estilo de vida para todos”, escreveu o Papa Francisco. O Papa parte destas práticas tradicionalmente associadas ao tempo quaresmal para apelar à solidariedade, recordando que muitos organismos recolhem, nesta ocasião, donativos “em favor Quaresma 2018 As propostas do Papa das Igrejas e populações em dificuldade”. A mensagem apresenta o jejum como “ocasião de crescimento”, colocando-se no lugar de quem não tem “sequer o mí- nimo necessário”, afetado pela fome. O Santo Padre Francisco deixa votos de que estes apelos ultrapassassem as fronteiras da Igreja Católica, dirigindo-se a todos os que se preocupam com a “iniquidade no mundo” e o “gelo que paralisa os corações”, com a perda do sentido da humanidade comum. “Uni-vos a nós para invocar juntos a Deus, jejuar juntos e, juntamente connosco, dar o que puderdes para ajudar os irmãos”, apelou. Na sua mensagem para a Quaresma 2018, O Papa alerta ainda para os “falsos profetas” do dinheiro e do lucro, que considera responsáveis pela violência e o descarte dos mais fracos. “O que apaga o amor é, antes de mais nada, a ganância do dinheiro, raiz de todos os males; depois dela, vem a recusa de Deus”, advertiu. No que diz respeito à oração e ao recolhimento na preparação para a Páscoa, o Papa dá ele pró- prio o exemplo, dedicando seis dias aos exercícios espirituais de Quaresma, fora do Vaticano, este ano com orientação do padre e poeta português Tolentino Mendonça, de 18 a 23 de fevereiro. Ecclesia | OC do ódio e da indiferença” que podem sufocar o amor, à imagem do que faz o Papa Francisco na sua mensagem para a Quaresma de 2018. Recorde-se que o Santo Padre propôs para 23 de fevereiro um dia de oração e de jejum pela paz, lembrando sobretudo a escalada de violência que se vem verificando na República Democrática do Congo (RDC) e no Sudão do Sul. E é com sentido de compaixão pela população da República Democrática do Congo, que o Bispo de Lamego decidiu destinar para a RDC parte do montante que será recolhido nas 223 paróquias da Diocese de Lamego na tradicional renúncia quaresmal. “Olhando para os nossos irmãos e irmãs de mais longe, e indo ao encontro das intenções do Papa Francisco, vamos destinar parte da esmola da nossa Caridade para levar um pequeno gesto de carinho e um pequeno bálsamo aos nossos irmãos e irmãs da África, mais concretamente da República Democrática do Congo, Diocese de Beni-Butembo, região do Kivu-Norte”, escreveu o Bispo de Lamego. Os donativos vão chegar ao terreno pela “mão segura” dos Missionários Combonianos, que mantêm abertas diversas missões na região do Kivu e Diocese de Beni-Butembo. Outra parte do montante recolhido vai ser aplicado nas obras em curso no Seminário de Lamego, para que a diocese possa oferecer “mais tempos de formação, oração, bem-estar e convívio”. Em 2017, a coleta somou 18 053,68 euros, aplicados nas referidas obras e em projetos dos Missioná- rios Espiritanos em Moçambique e na Bolívia. A Quaresma é um período marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que começa na Quarta-feira de Cinzas, este ano a 14 de fevereiro, e serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão. Ecclesia/OC  in VOZ DA MISSÃO março 2018

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