AMBIENTE/alterações climáticas Filipinas Bispos católicos das Filipinas realçam «imperativo» cristão de «salvaguardar a Casa Comum»
AMBIENTE/alterações climáticas Filipinas
Bispos católicos
das Filipinas realçam «imperativo» cristão de «salvaguardar a Casa Comum»
Jul 17, 2019 - 13:41
Responsáveis destacam a
urgência de responder em duas frentes. a pobreza e a degradação ambiental
A Conferência dos Bispos Católicos das Filipinas (CBCF)
dedicou uma carta pastoral à questão das alterações climáticas, para apelar à
implementação de ações concretas que invertam o ciclo de devastação do planeta.
No documento, publicado pelo portal Vatican News, os bispos
filipinos desafiam as comunidades a uma “conversão ecológica” e a serem
capazes de “escutar o grito da Terra e dos mais pobres e a agirem juntos para
mitigar os efeitos nocivos das alterações climáticas”.
“Dada a elevada taxa de pobreza nas Filipinas, a necessidade
de cuidar do ambiente é fundamental. Pobreza e degradação ambiental são
dois polos que se reforçam mutuamente”, frisa o presidente da CBCF, o arcebispo
Romulo Valles.
Dividida em oito partes, a referida carta enumera várias práticas que persistem no território das
Filipinas e que ameaçam o equilíbrio
ambiental e humano, desde uma “atividade mineira irresponsável, a construção de
barragens, a crescente dependência da energia baseada em combustíveis fosseis,
como o carvão”.
“Vários estudos indicam que as Filipinas são um dos
territórios mais vulneráveis às alterações climáticas”, realça D. Romulo
Valles, para quem é essencial “ativar a ação climática em nome do planeta” e
também “em nome de todos quantos não têm voz” no mundo.
Os bispos católicos não omitem a responsabilidade da Igreja
Católica nesta matéria, mas pedem que também as instituições católicas retirem
o seu investimento de projetos relacionados com o uso de “energias sujas”, como
“centrais elétricas impulsionadas a carvão, as companhias mineiras e outros
projetos destrutivos deste género”.
“O desinvestimento desde género de projetos tem de ser
encorajado”, pode ler-se.
Numa palavra mais dirigida às populações, aqueles
responsáveis destacam a urgência de buscar “uma vida mais simples”, de
“minimizar o consumo” e de “promover ativamente a consciencialização
ecológica”, afastando tudo aquilo que possa implicar “desperdício” e
“minimizando o uso do plástico e do papel”.
E realçam a importância também da “transição para formas de
energia mais sustentáveis e seguras, limpas e renováveis, como a energia
solar”.
Na base do texto daquele organismo da Igreja Católica nas
Filipinas está a encíclica ‘Laudato si’, que o Papa Francisco dedicou às
questões ecológicas.
Um documento que os bispos asiáticos esperam que possa ser
“incluído no currículo e nos planos estratégicos de todas as escolas católicas,
também em seminários e em formações religiosas”.
“Temos o imperativo moral de agir juntos e de forma decisiva
de modo a salvaguardarmos a nossa casa comum. Trata-se de uma responsabilidade
e de um dever de todos os cristãos”, referem os responsáveis católicos das
Filipinas.
A referida carta pastoral, publicada neste
mês de julho é a oitava de uma série de textos que a Conferência dos Bispos
Católicos das Filipinas já dedicou à questão do ambiente, nos últimos 30 anos.
O primeiro documento, datado de 1988, tinha como título ‘O
que é que está a acontecer à nossa linda Terra?’.JCP|Ecclesia
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