ESTADOS UNIDOS /migrações presos Religiosas e sacerdotes presos nos EUA no protesto contra políticas migratórias
ESTADOS UNIDOS /migrações
presos
Religiosas e sacerdotes presos nos EUA no protesto contra políticas
migratórias
20 Julho, 2019
Uma
manifestação de desobediência civil organizada no Senado dos Estados Unidos
resultou na prisão de alguns religiosos. O protesto foi promovido pelo Colomban
Center para a defesa e a sensibilização, pela Conferência dos Superiores
Maiores do sexo masculino, pela Conferência Jesuíta do Canadá e dos EUA, pela
Conferência das Religiosas dos Estados Unidos, pela Pax Christi EUA, entre
outros, contra as políticas de imigração implementadas na fronteira, em particular
as medidas contra as crianças.
Os
manifestantes entraram no Salão Oval do Senado tendo em mãos fotos de crianças
migrantes que morreram em instalações de custódia do governo federal. Pouco
antes, no gramado externo, haviam rezado, ouvido testemunhos de migrantes
aterrorizados com a ideia de perder seus filhos e lido as mensagens dos bispos
presentes em apoio ao protesto.
Ignorando
as advertências dos agentes, segundo a agência de notícias Sir, cinco dos
ativistas deitaram-se no piso do Capitólio formando uma cruz humana. Em coro,
entoavam os nomes das pequenas vítimas: “Darlyn, Jakelin, Felipe, Juan, Wilmer,
Carlos”.
A
polícia teve que intervir, prendendo alguns dos manifestantes enquanto deitados
entoavam cânticos. Foram algemadas freiras, membros de paróquias e outros
líderes católicos, retirados enquanto recitavam a Ave Maria.
Entre
os 70 presos, está a Irmã Pat Murphy, de 90 anos, que trabalha com migrantes e
refugiados em Chicago e que há 13 anos organiza, todas as sextas-feiras,
vigílias de oração em frente à agência de migração.
“O
tratamento dos migrantes deveria ofender todas as pessoas de fé”, reiterou Irmã
Pat, apoiada pela Irmã Ann Scholz, da Conferência das superioras das religiosas
estadunidenses. “Estamos aqui porque o Evangelho nos obriga a agir e
estamos indignadas com o horrível tratamento reservado às famílias, em
particular, às crianças”, afirmaram.
“Luzes pela liberdade”
A
manifestação de quinta-feira, 18, é apenas uma das tantas ocorridas em várias
cidades em todo o país desde o último sábado. O anúncio da ação dos agentes
imigratórios mobilizou centenas de pessoas de todas as religiões, que juntas,
pedem uma mudança radical nas leis de migração e o fim da detenção de migrantes
em centros de detenção na fronteira com o México, onde as imagens de crianças
imigrantes, separadas de suas famílias e mantidas em uma espécie de gaiolas e
áreas com cercas, completamente insalubres, indignaram a nação.
“Luzes
pela liberdade” é o nome dado a esses protestos, que têm como símbolo a Estátua
da Liberdade, um ícone da acolhida de imigrantes nos Estados Unidos
.
Manifestantes da religião
judaica também são presos
Na
terça-feira passada, escreve Maddalena Maltese em seu artigo, dez manifestantes
judeus também foram presos: a acusação foi que eles tinham entrado ilegalmente
no hall da sede da Agência para controle de fronteiras e da imigração em
Washington, enquanto outros 100 ativistas criaram uma barreira humana, todos de
mãos dadas, na frente das portas e garagens do prédio, com o objetivo de
interromper as operações de limpeza feitas por agentes da imigração
Basta de ódio contra os
refugiados
O
cardeal de Nova York Timothy M. Dolan, após a Missa dominical celebrada na
Capela de Santa Francisca Cabrini, padroeira dos imigrantes, denunciou a
atitude geralmente negativa em relação aos refugiados e requerentes de asilo,
precisamente em um país que, por definição, “é nação de imigrantes “.
O
purpurado reconheceu com dor que existem “muitos lugares” onde “os refugiados
são objeto de ódio e de malícia”.
Ameaças de deportação são cruéis
No
Texas, o bispo de Brownsville, Daniel Flores, disse que “as ameaças de
deportação são cruéis para as famílias e crianças, e que a separação dos pais
de seus filhos, sem sequer a possibilidade de comparecer no tribunal, é
reprovável”.
“As
leis – acrescentou – deveriam tratar famílias e crianças de maneira
diferente de como são tratados os chefões do tráfico”.
Por
fim, o diretor executivo da Rede de Solidariedade Inaciana, Christopher Kerr,
explicou que os grupos e paróquias associados aos jesuítas no serviço aos
migrantes, distribuíam manuais de emergência durante as Missas em espanhol, e
muitas paróquias declararam-se “santuários” para garantir a segurança das
famílias que teriam pedido acolhida.
(Com
informações de Maddalena Maltese, de New York – Agência Sir)
NICARÁGUA/bispoor Vatican News
20 Julho, 2019
D.R.
Grupo de homens com armamentos
usados pelo exército estava escondido na beira da estrada por onde passaria o
bispo de Matagalpa, que foi advertido por agricultores.
O bispo de Matagalpa
(Nicarágua), Dom Rolando Álvarez, foi salvo pela população local da possível
agressão de um grupo de paramilitares.
Foi o próprio bispo a relatar
que quando se dirigia para a cidade de Terrabona, na área de sua Diocese, foi
parado na estrada por um grupo de agricultores, que o advertiram da presença de
homens armados escondidos em meio à vegetação ao lado da estrada.
Então, acompanhado por um grande
grupo de fiéis, foi até o local onde estavam escondidos os possíveis
agressores, que com a chegada do grupo, fugiram para dentro da mata.
“Responsabilidade muito séria”
Dom Álvarez agradeceu aos
fiéis por tê-lo acompanhado “com suas mãos limpas e sua própria
humanidade” e confirmou ter visto pessoas armadas com numerosas munições.
O bispo de Matagalpa falou de
“enorme e gravíssima responsabilidade” em relação ao fato que civis possam
andar por aí com armamentos do tipo militar
A solidariedade do cardeal
Brenes
Dom Álvarez recebeu a
solidariedade, entre outros, do cardeal Leopoldo Brenes, arcebispo de Manágua e
presidente da Conferência Episcopal da Nicarágua, que em breve nota expressou
“fraterna proximidade e solidariedade.”
O arcebispo deplora “que
situações como essa ocorram no país e faz um apelo às autoridades para que
tomem as medidas necessárias e realizem investigações sobre esses fatos
gravíssimos e sobre a presença de pessoas armadas”.
(Com Agência Sir)
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