PERSEGUIÇÃO/ genocídio Perseguição aos cristãos está chegando a níveis de genocídio
PERSEGUIÇÃO/ genocídio
Perseguição aos cristãos está chegando a níveis de genocídio
Além
das regiões em que a perseguição é escancarada, aumenta nos países ditos
democráticos o assédio anticristão mediante legislações de caráter ideológico
Massacre de cristãos na Nigéria é ignorado |
O Secretário de Estado para Assuntos Externos do Reino Unido, Jeremy Hunt, solicitou um estudo a respeito da violência contra os cristãos em todo o mundo e, nesse levantamento, realizado por uma equipe que contou com a participação do bispo anglicano de Truro, o reverendo Philip Mounstephen, constatou-se que uma em cada três pessoas sofrem perseguição religiosa atualmente em todo o planeta, sendo que 80% do total de vítimas são cristãs.
Além de corroborar que os cristãos continuam sendo o grupo religioso mais
perseguido no mundo inteiro, o estudo aponta que os níveis de
perseguição em certas regiões do planeta são tão extremos que atendem aos
parâmetros da ONU para serem considerados nada menos que genocídio. É
o caso de regiões do Oriente Médio e do Norte da África.
O bispo anglicano comenta:
“A perseguição
aos cristãos no mundo hoje está piorando e envolve a dizimação de certos grupos
religiosos. É necessário que o governo dê prioridade específica a tais grupos
para apoiar a sua fé em caráter de urgência”.
Outros estudos
Em 2016, o instituto de pesquisas Pew Research, dos EUA, já
apontava que os cristãos são perseguidos em pelo menos 144 países.
A também norte-americana organização não-governamental Open Doors (Portas
Abertas) publicou, neste ano, um relatório segundo o qual “aproximadamente 245
milhões de cristãos nos 50 maiores países do mundo sofrem altos níveis de
perseguição”.
Oriente Médio e Norte da África
Ao
longo do último século, a população cristã caiu de 20% para menos de 4% no
Oriente Médio e Norte da África, regiões particularmente atingidas pelo crescimento
do radicalismo islâmico militante. Não à toa, são as regiões em que mais
prosperaram organizações fanáticas e assassinas como a Al-Qaeda e o Estado
Islâmico.
Um dos casos destacados no levantamento britânico é o êxodo
massivo de cristãos na Síria, onde o total caiu de 1,7 milhão em 2011 para 450
mil em 2019, e no Iraque, onde a queda foi de 1,5 milhão em 2003 para menos de
130 mil hoje.
No Norte da África, os cristãos são alvo de forte
discriminação e ameaçadoras vexações em nações majoritariamente muçulmanas como
o Egito, a Líbia e a Argélia.
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Sul da Ásia
Outras partes do mundo, porém, também viram crescer a
violência anticristã nos últimos anos. A perseguição contra cristãos no Sul da
Ásia, por exemplo, aumentou devido ao crescimento de nacionalismos militantes
com fortes matizes religiosos, principalmente islâmicos e hinduístas,
assumidos, entre outras entidades, por partidos políticos populistas do
Paquistão, da Índia e do Sri Lanka.
Este último país sofreu na Páscoa deste ano sangrentos
atentados em série contra igrejas católicas, mas, já em 2017, vinha registrando
aumento de ataques contra cristãos.
Na Índia, os casos de perseguição aumentaram
consideravelmente desde que, em 2014, entrou no poder o Partido Nacionalista
Hindu liderado pelo primeiro-ministro Narendra Modi. De 2016 para 2017, os
ataques registrados mais do que dobraram, passando de 358 para 736.
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África Subsaariana
Embora a maioria da sua população seja cristã, a África
Subsaariana tem visto a perseguição anticristã aumentar incisivamente.
O caso mais grave é o da Nigéria, assolada pelo grupo
terrorista islâmico Boko Haram, cujo objetivo declarado é eliminar o
cristianismo e construir uma nação totalmente islâmica na região. Em 2015,
estudos realizados pela inteligência norte-americana indicaram que 200 mil
cristãos corriam o risco de ser eliminados pelo Boko Haram.
Números da própria Igreja Católica mostram que a região de
Maiduguri, cidade do nordeste nigeriano e uma das mais atacadas do país,
contabilizou mais de 200 ataques a igrejas e capelas cristãs e registrou mais
de “5 mil viúvas e 15 mil órfãos” em decorrência dos massacres promovidos pelos
islamistas desse grupo assassino, que é hoje considerado o mais sanguinário de
todo o planeta, desbancando até o aterrorizante Estado Islâmico.
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China
Os ataques contra o cristianismo também vêm aumentando na
China comunista, conforme destaca o bispo de Truro:
“No tocante aos
cidadãos chineses, a ideologia comunista e as políticas nacionalistas levaram o
país a perseguir a Igreja Católica de diversas formas. O Partido Comunista vem
tentando historicamente limitar as liberdades religiosas na sociedade chinesa a
fim de se manter no poder. Como parte disso, o Estado chinês tem se infiltrado nas
igrejas para fazer com que elas se adaptem ao regime. Uma nova legislação,
vigente desde fevereiro de 2018, facilita que o Estado monitore e controle as
organizações religiosas”.
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Outras regiões – inclusive “democráticas”
Em graus variados, mas nunca “suaves”, os seguidores de
Jesus Cristo sofrem perseguição também na Coreia do Norte, na Arábia Saudita,
no Iêmen, no Sudão, na Somália, na Eritreia, em países da Ásia Central como o
Turcomenistão e até mesmo em supostamente democráticos países laicos de antigas
raízes cristãs, o que inclui praticamente toda a Europa Central e Ocidental, o
Canadá, os Estados Unidos e a Oceania de colonização britânica, além da América
Latina: nessas nações, consideradas desenvolvidas ou em desenvolvimento, a
perseguição anticristã vem deixando as “sutilezas” de lado para se tornar cada
vez mais escancarada, com medidas ideológicas que restringem a liberdade de
religião e até de expressão. É o caso, por exemplo, da imposição de agendas
ligadas à ideologia de gênero e de legislações que dificultam o direito à
objeção de consciência por parte de quem rejeita práticas irreconciliáveis com
a fé, como o aborto e a eutanásia.
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