PORTUGAL Patriarca de Lisboa pede fim de divergências políticas «particulares»


D. Manuel Clemente rejeita eleições antecipadas e defende soluções a partir do Parlamento

 
D. MANUEL CLEMENTE patriarca de Lisboa


Lusa | Sé de Lisboa, 6 de julho de 2013
D. Manuel Clemente afirmou hoje que as “divergências particulares” das várias forças políticas devem ser ultrapassadas tendo em vista “o que interessa agora ao país”.
Em declarações aos jornalistas no fim da celebração de tomada de posse como patriarca de Lisboa, o também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa disse que as soluções devem ser encontradas no âmbito da Assembleia da República, que tem a “legitimidade democrática” que resulta das eleições.
“Vivemos num regime plural, as pessoas têm ideias, confrontam-se, mas é preciso que nenhum de nós esqueça que acima de tudo está o bem comum de todos”, defendeu.
Para o patriarca de Lisboa, a Assembleia da República e o presidente da República devem “assumir as suas responsabilidades”, ouvindo as várias forças políticas para depois tomarem “a melhor decisão”.
D. Manuel Clemente comentava a situação política que se vive em Portugal, resultante do pedido de demissão do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, líder do segundo partido que compõe o Governo de Portugal.
“Num regime democrático, como é o nosso, estas coisas podem acontecer”, mas “é sempre preferível que não aconteçam, que haja estabilidade e se resolvam os problemas”, declarou o presidente da CEP.
O patriarca de Lisboa referiu também que acompanha a situação de crise que afeta muitos portugueses e declarou-se “surpreendido” com a generosidade com que os portugueses continuam a ajudar quem precisa.
“Neste momento é verão as pessoas estão cansadas, pensam noutras coisas, mas não podemos deixar de pensar no país. Quer estejamos cá quer tenhamos descanso (aqueles que têm trabalho) a preocupação, o interesse, a informação, o estar presente é uma questão de cidadania”, referiu.
D. Manuel Clemente tomou hoje posse como 17º patriarca de Lisboa, na Sé diocesana, sucedendo a D. José Policarpo que deixou o cargo após o Papa Francisco ter aceite o seu pedido de renúncia por limite de idade no dia 18 de maio

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