NICARÁGUA CRISE: Jesuítas tomam posição contra violência no país, em «grave e crescente crise política»
NICARÁGUA
CRISE: Jesuítas tomam posição contra violência no país, em «grave e
crescente crise política»
Jun 5, 2018 - 10:28
Protestos sociais já
provocaram a morte de dezenas de manifestantes
Lisboa, 05 jun 2018 (Ecclesia)
– Os jesuítas da América Central, através de uma carta do seu provincial,
manifestaram-se contra a violência na Nicarágua, onde os protestos sociais
contra o governo de Daniel Ortega já provocaram a morte de dezenas de
manifestantes.
“A Nicarágua está a atravessar
uma grave e crescente crise política. A saída pacífica desta crise traduz o
desejo unânime e o firme compromisso da população que exige democracia,
liberdade e justiça”, assinala o texto assinado peplo padre Rolando Alvarado.
A Companhia de Jesus, presente
na Nicarágua desde 1916, defende a “via pacífica para a superação do conflito”.
“Para alcançar esse objetivo
impõem-se um diálogo honesto e uma negociação sensata e viável. Ainda há tempo
para evitar uma maior polarização, mais derramamento de sangue e maior
sofrimento. Quem quer a paz, não faz a guerra, quem não quer violência não
agride, nem persegue, não maltrata, não intimida”, pode ler-se.
A 31 de maio, a Conferência
Episcopal da Nicarágua disse ser impossível retomar a meda do Diálogo Nacional,
que estava a mediar, sem que o povo tenha “direito a manifestar-se livremente”,
sem ser “reprimido e assassinado”.
O Papa uniu-se este domingo
aos apelos dos bispos da Nicarágua contra a violência no país da América
Central, pedindo o regresso ao diálogo.
Francisco manifestou a sua
“dor pelas graves violências, com mortos e feridos, levadas a cabo por grupos
armados, para reprimir protestos sociais” contra o presidente Daniel Ortega.
OC|Ecclesia
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