CAMINHAR JUNTOS/Advento 2018 Caminhar juntos: em comunhão com doentes, mães e crianças até Belém



 CAMINHAR JUNTOS/Advento 2018
Caminhar juntos: em comunhão com doentes, mães e crianças até Belém
Por  P. Armando Soares 
D.R. Exposição "Presépios da Europa", Évora 2018 | Foto: Ecclesia
Roma: O Papa visitou de surpresa casas que ajudam doentes
Levou presentes e encontrou-se com utentes
1.O Papa Francisco fez – no dia 07 – visitas surpresa a casas que ajudam doentes, na periferia de Roma.
As passagens pela “CasAmica Onlus” e a comunidade terapêutica “A Ponte e a Árvore”, inserem-se nas chamadas ‘Sextas-feiras da Misericórdia’, iniciadas em janeiro de 2016 por ocasião do Ano Santo extraordinário. A “CasAmica Onlus” acolhe pessoas doentes que precisam de cuidados continuados, acompanhadas pelos seus familiares, e que vivem com “dificuldades económicas muito graves”.
O Papa “tocou à campainha” e foi acolhido pelo pessoal da instituição, que ficou “atónito”. Francisco brincou com as crianças que ali se encontravam e falou com os seus pais, “ouvindo com muita atenção os seus sofrimentos”.
Achille e Andrei, duas crianças de 13 e 11 anos, com “doença oncológica grave”, contaram a sua história ao Papa, que esteve ainda com Sandra e Plamen, da Bulgária, e Arwa, de Marrocos, menores que também se encontram em tratamentos oncológicos.
Francisco deixou alguns presentes para as famílias, seguindo para a comunidade terapêutica “A Ponte e a Árvore”, que aloja 12 jovens com doença mental.
Chegou a pé, surpreendendo os jovens no meio duma atividade, respondendo assim a uma carta recebida; alguns pais, após terem sido informados, chegaram ao local para abraçar Francisco, “agradecendo-lhe este gesto de proximidade”. O pontífice deixou na comunidade um panetone de 10 quilos, para as festas natalícias.

Madeira: “Missas do Parto” e crianças da Síria
Diocese anunciou destino da «Renúncia do Advento»
2.A Diocese do Funchal anunciou que a “Renúncia do Advento” de 2018, contributo solidário dos católicos locais, vai ajudar as crianças da Síria, através da Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS).
O montante recolhido nas semanas de preparação para o Natal destina-se, em partes iguais, à campanha ‘Deixe-me viver a minha infância’, da AIS, que “procura auxiliar diretamente crianças e jovens traumatizados pela guerra”; e ao Fundo Social Diocesano. Este fundo, instituído na Quaresma de 2008, tem em vista prestar “uma ajuda mais eficaz às situações de pobreza real, muitas vezes envergonhada”, por parte da Igreja Católica no arquipélago.
As ofertas serão recolhidas nos dias 5 e 6 de janeiro de 2019, sábado e domingo da Solenidade da Epifania do Senhor.
A “Renúncia do Advento” é uma das tradições quer marcam a preparação do Natal na diocese do Funchal, além das chamadas ‘Missas do Parto’, novena que decorre habitualmente ao fim da madrugada. 
As ‘Missas do Parto’, que começaram ontem, são uma tradição particular da Madeira, um momento exclusivo para cantar versos populares, em honra da Virgem Maria e do Menino Jesus, alguns dos quais remontam aos primeiros povoadores do arquipélago.
Outro fenómeno que alimenta a tradição é a mesma estrutura da novena, com a invocação ao Espírito Santo, o canto da Ladainha, o retrato da Senhora e a missa, entoando loas à Virgem, ao seu parto e à alegria do nascimento de Jesus.
Os cânticos permanecem os mesmos de pelo menos há um século, feitos em verso.

Évora: Exposição «presépios da Europa»
Os presépios dão corpo a um Evangelho vivo
3.A Igreja de São Francisco, em Évora, acolhe desde 7 de dezembro, uma exposição temporária de presépios apresentando 145 obras, correspondentes a 24 países. “Cada presépio procura traduzir um pouco da vida social dos povos”, referiu o general Cunha da Silva, colecionador.
Os visitantes são convidados a apreciar as particularidades dos presépios conforme os países, bem como sensibilidades mais contemporâneas, com materiais que vão da prata ao massapão.
O colecionador começou com este projeto em 1971, quando se mudou para Évora, cuja primeira peça foi um presépio de altar de Estremoz, de um autor local.
A sua educação católica e o gosto pela arte levaram-no a começar, com a ajuda da sua esposa Fernanda, tendo já reunido mais de 2700 presépios, de todos os continentes, adquiridos em “feiras e viagens”.
Para o pároco da igreja e do convento de São Francisco, os presépios dão corpo a um Evangelho vivo que é posto à disposição dos visitantes. O padre Manuel da Silva Ferreira sublinha que “a cultura europeia está impregnada por este mistério de amor de um Deus que se fez criança”.

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