Chefe dos Direitos Humanos pede explicações à Arábia Saudita sobre desaparecimento de jornalista


Chefe dos Direitos Humanos pede explicações à Arábia Saudita sobre desaparecimento de jornalista
Chefe dos Direitos Humanos pede explicações à Arábia
 Saudita sobre desaparecimento de jornalista

A chefe da ONU destaca que à luz do direito internacional, “tanto o desaparecimento forçado quanto o assassinato extrajudicial são crimes muito graves."
    
19 outubro 2018
Michelle Bachelet quer que país revele tudo o que sabe sobre Jamal Khashoggi que não é visto há duas semanas; Acnur defende levantamento de imunidade diplomática de funcionários. 
Duas semanas após o desaparecimento do jornalista saudita, Jamal Khashoggi, a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, pediu esta terça-feira aos governos da Arábia Saudita e da Turquia que revelem tudo o que sabem sobre o seu desaparecimento e possível assassinato.
A chefe de direitos humanos da ONU congratula-se com o acordo que permitiu às autoridades que investigassem no interior do consulado da Arábia Saudita em Istambul. Bachelet instou as autoridades dos dois países a “garantir que não são colocados obstáculos no caminho de uma investigação rápida, completa, eficaz, imparcial e transparente. ”
Imunidadea. 
Bachelet afirmou que tendo em vista a gravidade da situação em torno do desaparecimento de Khashoggi, é necessário que “a imunidade dos funcionários
concedida por tratados como a Convenção de Viena de 1963 sobre Relações Consulares seja dispensada imediatamente."
A chefe da ONU destaca que à luz do direito internacional, “tanto o desaparecimento forçado quanto o assassinato extrajudicial são crimes muito graves e a imunidade não deve ser usada para impedir investigações sobre o que aconteceu. Duas semanas é muito tempo para a provável cena de um crime não ter sido submetido a uma investigação forense completa .”
Duas semanas é muito tempo para a provável cena de um crime não ter sido submetido a uma investigação forense completa
Explicações
Michelle Bachelet avança também que uma vez que há provas de que o jornalista saudita entrou no consulado e nunca mais foi visto “cabe às autoridades sauditas ónus de revelar o que aconteceu com ele a partir de então."
 A alta comissária lembra que a Arábia Saudita e a Turquia assinaram a Convenção contra a Tortura e Outras Penas ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes.
Como tal, estes países são obrigados a tomar todas as medidas para prevenir a tortura, os desaparecimentos forçados e outras violações graves dos direitos humanos, investigar as alegações de atos constitutivos desses crimes e levar à justiça quem for considerado suspeito de os ter cometido.
UNNEWS

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