Sínodo 2018 Grupo de língua portuguesa faz primeiras propostas após sete dias de trabalhos
Sínodo 2018
Grupo de língua portuguesa faz
primeiras propostas após sete dias de trabalhos
Out 9, 2018 - 13:28
Relatório do «círculo menor»
lusófono destaca impacto das novas tecnologias
Cidade do Vaticano, 09 out
2018 (Ecclesia) – O grupo de trabalho de língua portuguesa no Sínodo dos Bispos
2018, a decorrer no Vaticano, apresentou hoje as suas primeiras propostas, após
sete dias de trabalhos, em áreas como as novas tecnologias ou a família.
“Outro espaço fundamental a considerar é o ambiente digital, parte
intrínseca da cultura juvenil, na qual o mundo digital e o presencial convivem
simultaneamente. A Igreja precisa estar presente neste ambiente por meio dos
próprios jovens”, refere o relatório do chamado “círculo menor” lusófono,
publicado pela sala de imprensa da Santa Sé.
O grupo identificou o tema das “escolhas de vida” como um “fio condutor”
que deve estar presente no documento conclusivo desta assembleia sinodal,
dedicada às novas gerações, destacando ainda a “necessidade de ter muito
presente a grande variedade de contextos em que os jovens se encontram”.
“Constatamos que, em alguns contextos, a Igreja tem dificuldade de
transmitir corretamente aos jovens a visão antropológica cristã do corpo e da
sexualidade”, pode ler-se.
Os participantes pedem a criação de espaços físicos nas paróquias para os
jovens, que possam acolher “atividades culturais, recreativas e desportivas”.
O texto propõe que se fale em “juventudes” e não um só tipo de
“juventude”, procurando “ir ao encontro dos jovens onde eles se encontram”,
como as universidades.
Sublinhamos o papel
fundamental da família na vida dos jovens e a crise de identidade das funções
do pai e da mãe. Reconhecemos que, muitas vezes, a Igreja oferece aos jovens
experiências de família, de paternidade e de maternidade”.
Os 14 relatórios dos “círculos menores” foram apresentados esta manhã
durante a 5ª reunião geral do Sínodo.
O grupo de trabalho de língua portuguesa apelou a um “um processo de iniciação
cristã que conduza ao encontro pessoal com Jesus Cristo”, “consolide a
identidade cristã, o sentido de pertença à Igreja e o compromisso missionário”.
O relatório conclui-se
com um agradecimento pelo facto de o português – língua falada por cerca 350
milhões de pessoas – ter sido incluído como língua oficial do Sínodo.
“Solicitamos que, daqui para frente, este bom costume permaneça”,
acrescentam os responsáveis.
A 15ª assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos, com o tema ‘Os
jovens, a fé e o discernimento vocacional’, decorre até 28 de outubro.
A Conferência Episcopal Portuguesa está representada pelos presidentes das
Comissões que acompanham Pastoral Juvenil e Vocações: D. Joaquim Mendes – bispo
auxiliar de Lisboa e presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família – e
D. António Augusto Azevedo – bispo auxiliar do Porto e presidente da Comissão
Episcopal das Vocações e Ministérios.
OC
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