VATICANO Arcebispo sul-coreano diz que visita do Papa a Pyongyang seria «passo gigantesco»
VATICANO
Arcebispo
sul-coreano diz que visita do Papa a Pyongyang seria «passo gigantesco»
Out 11, 2018 - 17:13
Arcebispo de Daejeon participa
no Sínodo dos Bispos
Cidade do Vaticano, 11 out
2018 (Ecclesia) – O arcebispo de Daejeon, na Coreia do Sul, disse hoje no
Vaticano que uma visita do Papa a Pyongyang representaria um “passo gigantesco”
para a pacificação da península.
“Eu acredito que a Coreia do Norte está pronta a abrir-se, a ser um novo
país, a renunciar às armas nucleares”, disse D. Lázaro You Heung-sik, em
conferência de imprensa.
O responsável participa no Sínodo dos Bispos que decorre no Vaticano, até
28 de outubro.
A Santa Sé anunciou um encontro entre o Papa Francisco e o
presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, marcado para 18 de outubro, um dia
depois da celebração, no Vaticano, de uma Missa pela paz na Península.
O chefe de Estado sul-coreano vai levar uma mensagem do líder da Coreia do
Norte, Kim Jong-un, que convida o Papa a visitar Pyongyang.
“Seria muito bom que o Papa fosse a Pyongyang, mas há muitos passos a
dar”, adverte D. Lázaro You Heung-sik.
Para o arcebispo de Daejeon, “algumas coisas têm de mudar” na Coreia do
Norte, inclusive na questão da “liberdade religiosa”.
“Se o Papa for lá será um passo gigantesco, um salto qualitativo para que
a Península Coreana seja pacífica e a Coreia do Norte entre na comunidade
internacional, como um país normal”, precisou.
Até final de 2017, recordou o prelado, temia-se uma guerra na Coreia, mas
a “situação mudou quase 180 graus” nos últimos meses
D. Lázaro You Heung-sik
mostrou-se ainda emocionado por ter podido encontrar-se com os “irmãos
chineses”, os dois bispos que participam no Sínodo, com quem trocou números de
telefone e presentes.
Outro dos participantes que falou à imprensa foi D. Bruno Forte, arcebispo
de Chieti-Vasto (Itália), para quem é necessário estar atentos aos desafios da
sociedade ocidental, onde o mundo digital cria “muitas solidões”.
O responsável evocou ainda “o desafio das migrações”, que tem colocado em
causa a coesão da União Europeia, homenageando “os jovens migrantes que colocam
em perigo a própria vida por um futuro melhor e muitas vezes morrem no
Mediterrâneo, que se tornou um cemitério, ou no deserto”.
OC
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