Sínodo 2018 Desafios: Prior de Taizé fala sobre os desafios do Sínodo


Sínodo 2018
Desafios: Prior de Taizé fala sobre os desafios do Sínodo

O  Prior da Comunidade de Taizé, Irmão Alois
está participando do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, 
como convidado Especial do Papa.
Cidade do Vaticano. É a terceira vez que o Prior de Taizé participa do Sínodo dos Bispos. Sua experiência, debates e encontros com os milhares de jovens, que visitam a Comunidade francesa de Taizé, na colina de Cluny, permitem-lhe oferecer seu testemunho sobre o tema da Assembleia sinodal.
Em um encontro com Anne Thibout, - do Setor de Serviço nacional para a Evangelização dos Jovens e as Vocações, da Igreja na França – o Irmão Alois fala da sua experiência pessoal com a Juventude.
“Os jovens, consultad

O Prior da Comunidade Ecumênica de Taizé, Irmão Alois, está participando do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, como convidado Especial do Papa.os sobre as suas expetativas, em preparação do Sínodo, - diz o Irmão Alois - apontaram unanimemente a necessidade serem ouvidos e acolhidos pela Igreja”.
As diferentes Conferências episcopais, que participaram das reflexões pré-sinodais, afirmam que os jovens desejam “uma Igreja menos institucional e mais relacional, capaz de acolher e sem julgar precipitadamente; uma Igreja “amiga e próxima, uma comunidade eclesial que seja uma família, onde possam ser acolhidos, ouvidos, protegidos e integrados”.
O Irmão Alois sublinha afirma que “esta dimensão fraterna não deve ser uma opção entre os cristãos”: “Os irmãos da comunidade de Taizé descobrem um lugar onde a disponibilidade e a confiança são possíveis. Uma sociedade sem perdão não pode sobreviver; sem perdão não há futuro, porque reinam a suspeita e a desconfiança”.
Testemunho concreto
Um dos principais assuntos que serão debatidos na Assembleia Sinodal é a dimensão missionária do cristianismo, um tema que a Igreja católica no mundo destaca, anualmente, no mês de outubro.
A este respeito, o Prior de Taizé recorda: “Não é suficiente falar. A missão é feita por contágio e não apenas com palavras. É preciso encorajar o contato pessoal que permite a escuta”.
Esta recomendação faz eco ao que os jovens buscam para a sua vida espiritual. No contexto do encontro “pré-sinodal”, realizado em Roma, ficou claro de que “os jovens querem ser testemunhas autênticos; homens e mulheres que pretendem dar uma imagem viva e dinâmica da sua fé e da sua relação com Jesus; pessoas que levam os outros a se aproximar, se encontrar e se apaixonar por Jesus”.
Vocação
O documento preparatório para o Sínodo reafirma que o conceito de vocação se relaciona com a felicidade, que Cristo dá a cada pessoa.
O Irmão Alois partilha o seu ponto de vista: “Os jovens têm um grande desejo: a sede de um amor para sempre, que vai além das numerosas separações, que os jovens assistem nas famílias, mas também na Igreja”.
A resposta ao apelo vocacional de cada jovem se ancora na escolha renovada de seguir a Cristo: «Cabe a nós mostrar-lhes que o “Sim” é possível, apesar das nossas fragilidades”.
Discernimento
Segundo o documento preparatório “o acompanhamento das jovens gerações não é um dever opcional, na educação e evangelização dos jovens, mas um dever da Igreja e um direito da pessoa».
A este respeito, o Prior de Taizé frisa “a necessidade de que todo o “Sim” a Cristo seja acompanhado. Por isso, a Igreja deve encontrar novos meios para acompanhar todas as etapas da vida, para discernir sobre a vocação de cada um, seja religiosa seja matrimonial”. (O.R. /Anne Thibout)


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