VATICANO Sexualidade e afetividade: Papa convida a valorizar sexualidade e afetividade humanas
VATICANO
Sexualidade e afetividade: Papa convida a valorizar
sexualidade e afetividade humanas
Out 31, 2018 - 9:58
Francisco fala em «revolução»
cristã na visão sobre o Matrimónio
“A criatura humana,
na sua unidade inseparável de espírito e corpo, e na sua polaridade masculina e
feminina, é uma realidade muito boa, destinada a amar e a ser amada. O corpo
humano não é um instrumento de prazer, mas o lugar que mostra o nosso
chamamento ao amor: no amor verdadeiro, não há espaço para a luxúria e a sua
superficialidade, os homens e as mulheres merecem mais do que isto”, disse, na
audiência pública semanal que decorreu na Praça de São Pedro.
A reflexão deu
continuidade às catequeses sobre os 10 Mandamentos, neste caso sobre “não
cometer adultério”.
Francisco sublinhou
que a afetividade é “um chamamento ao amor, que se manifesta na fidelidade, no
acolhimento e na misericórdia”.
A relação entre
marido e mulher, proposta por São Paulo (séc. I), foi considerada pelo Papa
como uma “revolução” na forma de pensar o Matrimónio.
“É revolucionário
pensar, com a antropologia daquele tempo, que o marido deve amar a mulher como
Cristo a Igreja, é uma revolução. Talvez, naquele tempo, fosse a coisa mais
revolucionária dita sobre o amor”, sustentou.
O pontífice destacou
que o “mandamento de fidelidade” é para todos na Igreja, uma “palavra paterna
de Deus” dirigida a cada homem e mulher.
“Por isso, para
casar-se, não basta celebrar o Matrimónio. É preciso fazer um caminho do eu ao
nós”, acrescentou.
Francisco afirmou
depois qua todas as vocações cristãs têm uma dimensão “esponsal”, porque são
fruto do “laço de amor em que todos fomos regenerados, o laço de amor com
Cristo”.
O Papa deixou
saudações em várias línguas, incluindo aos peregrinos de língua portuguesa:
“Faço votos de que esta peregrinação reforce em vós a fé em Jesus Cristo, que
chama cada homem e mulher a fazer dom de si mesmo ao próximo. Regressai aos
vossos lares com a certeza de que o amor de Deus, derramado nos nossos corações
pelo Espírito Santo, fará que nos tornemos sempre mais generosos! Que Deus
abençoe a cada um de vós!”.
Francisco recordou a
celebração da solenidade de Todos os Santos, a 1 de novembro, e a evocação dos
fiéis defuntos, no dia seguinte.
“Que o testemunho de
fé de todos os que nos precederam reforce em nós a certeza de que Deus
acompanha cada um no caminho da vida, nunca abandona ninguém a si mesmo e quer
que todos sejamos santos, como Ele é santo”, concluiu.
OC
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