Sínodo 2018 MULHERES: Papel das mulheres é tema em debate
Sínodo 2018
MULHERES: Papel
das mulheres é tema em debate
Out 15, 2018 - 15:04
Representantes de Institutos de
Vida Consagrada abordaram tema, em conferência de imprensa
Cidade do Vaticano, 15 out 2018 (Ecclesia) – O papel das
mulheres no Sínodo dos Bispos e o eventual direito de voto de representantes
femininas de Institutos de Vida Consagrada foram temas em debate hoje, na
conferência de imprensa sobre a assembleia que decorre no Vaticano.
Frei Bruno Cadoré,
mestre-geral dos Dominicanos, começou por sublinhar que esta é uma assembleia
do Sínodo dos Bispos, que integra representantes da Vida Consagrada, com
direito a voto, desejando que essa representação seja “masculina e feminina”.
A este respeito, foi
citada a intervenção do cardeal alemão D. Reinhard Marx, para quem é necessário
superar a impressão de que a Igreja é, “em última análise, a Igreja masculina”.
Para isso, observou o
responsável, é necessário “aumentar significativamente a proporção de mulheres
em posições de liderança na Igreja, que são acessíveis a todos os leigos”.
“A impressão de que a
Igreja é, em última análise, uma igreja masculina quando se trata de poder,
deve ser superada na Igreja universal”, acrescentou.
Questionado sobre o
direito a votos de dois religiosos, que não são padres, ao contrário do que
acontece com as religiosas presentes no Sínodo, o prepósito-geral dos Jesuítas,
padre Arturo Sosa, insistiu na necessidade de perceber que este é um Sínodo dos
Bispos, “diferente dos Sínodos das Igrejas locais”.
Para o responsável da
Companhia de Jesus, existe a possibilidade de se avançar, neste campo da
sinodalidade, considerando que o eventual “mal-estar” sobre o papel das
mulheres no Sínodo é sinal de que “algo não está bem”.
“Desejo que este
mal-estar nos ajude a avançar”, assinalou.
A União dos
Superiores Gerais dos Institutos de Vida Consagrada está representada no Sínodo
dos Bispos por 10 pessoas.
Frei Marco Tasca,
ministro-geral dos Franciscos Conventuais, disse aos jornalistas que é
necessário encontrar, na Igreja Católica, formas de valorizar a liderança de
religiosos que não são padres
“O objetivo é que
cada frade possa participar, ser superior local, superior provincial, superior
geral. Este é o sonho”, exemplificou.
Silvia Retamales,
jovem chilena que é uma das convidadas do Sínodo, também falou da necessidade
de dar “mais voz às mulheres”.
A 15ª assembleia
geral ordinária do Sínodo dos Bispos, com o tema ‘Os jovens, a fé e o
discernimento vocacional’, decorre até 28 de outubro.
A Conferência
Episcopal Portuguesa está representada pelos presidentes das Comissões que
acompanham Pastoral Juvenil e Vocações: D. Joaquim Mendes – bispo auxiliar de
Lisboa e presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família – e D. António
Augusto Azevedo – bispo auxiliar do Porto e presidente da Comissão Episcopal
das Vocações e Ministérios.
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