JM Sínodo: Jovens são exigentes e querem uma Igreja-família
Sínodo: Jovens são exigentes e querem uma Igreja-família
1.“Os jovens são muito exigentes em suas buscas. Querem ver encarnado o Evangelho na vida dos que lhes falam. Estas são exigências expressas pelos jovens que vêm a Bose ver como a fé pode incidir na vida deles: no quotidiano, em suas histórias de amor, na vida profissional, social. É isso que eles procuram.” Isto disse em entrevista concedida à Rádio Vaticano, o fundador da Comunidade monástica de Bose, Enzo Bianchi, auditor nesta XV assembleia geral
“Aqui se ouvem as situações da Igreja do sofrimento, que vive na hostilidade e na perseguição. E, ao mesmo tempo, “ouvimos vozes que vêm de jovens que têm sede de Deus, que buscam Deus, para os quais Deus é realmente uma opção decisiva. Noutros casos temos situações em que as pessoas se tornaram indiferentes em relação a Deus, e é muito difícil poder fazer um anúncio do Evangelho”.
“Aqui se ouvem as situações da Igreja do sofrimento, que vive na hostilidade e na perseguição. E, ao mesmo tempo, “ouvimos vozes que vêm de jovens que têm sede de Deus, que buscam Deus, para os quais Deus é realmente uma opção decisiva. Noutros casos temos situações em que as pessoas se tornaram indiferentes em relação a Deus, e é muito difícil poder fazer um anúncio do Evangelho”.
2.“Os jovens do pré-Sínodo pediram mais ocasiões de oração, silêncio e contemplação”, recordou Enzo Bianchi. “É um pedido importante, mas o silêncio deve ser habitado pela Palavra de Deus. Hoje os jovens sentem muita atração pelas orações de tipo oriental em que abundam meditação e silêncio. E é uma reação à verborragia das nossas assembleias”, destacou.
“Se se consegue fazer o encontro pessoal com Cristo, então o caminho da fé se abre para Deus e também para a Igreja que é o Corpo do Senhor”, acrescentou.
3.“Por enquanto é difícil dizer quais poderão ser os frutos pastorais concretos deste Sínodo, ainda estamos no início”, concluiu o fundador da Comunidade monástica de Bose. “Veremos como os padres sinodais saberão indicar o futuro. É claro, como disse o Papa, o fruto do Sínodo não pode ser somente um documento.”
“É preciso que se abram novos modos de pastoral, de presença no meio dos jovens, de proximidade.”
4. O Irmão Alois, Prior de Taizé, fala da sua experiência pessoal da Juventude e dos desafios do Sínodo.
“Os jovens, consultados sobre as suas expetativas, em preparação do Sínodo, – diz o Irmão Alois – apontaram unanimemente a necessidade de serem ouvidos e acolhidos pela Igreja”.
Os jovens desejam “uma Igreja menos institucional e mais relacional, capaz de acolher e sem julgar precipitadamente; uma Igreja “amiga e próxima, uma comunidade eclesial que seja uma família, onde possam ser acolhidos, ouvidos, protegidos e integrados”. Onde haja perdão. Uma sociedade sem perdão não pode sobreviver; sem perdão não há futuro, porque reinam a suspeita e a desconfiança”.
5.Um dos principais assuntos que serão debatidos na Assembleia Sinodal é a dimensão missionária do cristianismo, um tema que a Igreja católica no mundo destaca, anualmente, no mês de outubro.
O Ir. Alois recorda: “Não é suficiente falar. A missão é feita por contágio e não apenas com palavras. É preciso encorajar o contato pessoal que permite a escuta”.
“Os jovens querem ser testemunhas autênticos; homens e mulheres que pretendem dar uma imagem viva e dinâmica da sua fé e da sua relação com Jesus; pessoas que levam os outros a se aproximar, se encontrar e se apaixonar por Jesus”.
Segundo o documento preparatório “o acompanhamento das jovens gerações não é um dever opcional, na educação e evangelização dos jovens, mas um dever da Igreja e um direito da pessoa». Por isso, a Igreja deve encontrar novos meios para acompanhar todas as etapas da vida, para discernir sobre a vocação de cada um, seja religiosa seja matrimonial”.
6.O Sínodo entrou hoje – dia 10 – na segunda fase dos trabalhos, depois de uma semana marcada pelo debate sobre os abusos sexuais na Igreja e as novas tecnologias. A síntese da primeira fase de reuniões gerais e trabalhos de grupos foram apresentadas em várias línguas, incluindo, pela primeira vez, o português.
Um grupo sublinhou que o “escândalo dos abusos” afeta o trabalho da Igreja a todos os níveis, porque “comprometeu a sua credibilidade”. Foram abordados outros temas, como , importância da comunidade, as migrações, a família, as migrações, a educação e a sexualidade.
Os participantes destacam o impacto das tecnologias da comunicação e das redes sociais, uma “parte permanente da vida e da identidade dos jovens”.
7.O grupo de língua alemã criticou o excesso de “otimismo” neste campo, alertando para os “perigos destrutivos” do mundo digital.
As primeiras propostas desejam que os jovens recebam “formação social e política” para evitar populismos, radicalismos e a xenofobia.
“Diante dos jovens do nosso tempo, fortemente influenciados pela cultura da globalização, pelo secularismo e o digital, a Igreja é convidada a elaborar um novo método evangelizador e a propor um novo estilo de vida cristã”.
D. Jean-Claude Hollerich, arcebispo do Luxemburgo, encontrou jovens que nunca leram um livro mas podem citar “imensos filmes, séries”, sinal de uma “mudança de civilização que já começou”.
8.O Papa Francisco condenou o aborto e qualquer ato que signifique a eliminação de uma vida humana, considerando que este é um “valor basilar” nas relações humanas e que todo o mal nasce do “desprezo pela vida”. “Não é justo descartar um ser humano, ainda que seja pequeno, para resolver um problema. É como contratar um assassino”, declarou Francisco.
E falou ainda da vida que é ameaçada e agredida pelas guerras, a destruição da natureza e por “sistemas que submetem a existência humana a cálculos de oportunidade”.
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