Não votarei em artigos que contenham sigla LGBT, diz bispo no Sínodo

Não votarei em artigos que contenham sigla LGBT, diz bispo no Sínodo

Dom Nkea Fuanya, Bispo de Mamfe (Camarões). Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
O Bispo de Mamfe (Camarões), Dom Nkea Fuanya, assinalou que
não votará a favor daqueles artigos que contenham a sigla LGBT
(lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) no documento final
do Sínodo dos Jovens.

O Bispo de Mamfe (Camarões), Dom Nkea Fuanya, assinalou que não votará a favor daqueles artigos que contenham a sigla LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) no documento final do Sínodo dos Jovens.

Na coletiva na Sala de Imprensa do Vaticano, em 24 de outubro, o Prelado africano explicou que "os nossos valores tradicionais ainda são iguais aos valores da Igreja e por isso podemos apresentar a tradição aos nossos jovens sem dilui-la e sem contaminação".
Por isso, "não votarei em nenhum artigo que contenha LGBT", considerando também que "99,9% dos jovens" em sua diocese "bateriam na minha porta e me perguntariam: o que é isso?".
"No que se refere à doutrina, está o que a Igreja ensina. Não se trata de tentarmos inventar um novo ensinamento no Sínodo (...). Jesus é o caminho, a verdade e a vida e, por isso, não podemos assumir posições que contradizem o Evangelho", explicou Dom Fuanya.

Sobre o tema da sigla LGBT, Cardeal Reinhard Marx, Arcebispo de Munique e presidente da Conferência Episcopal alemã disse: "Honestamente, não lembro ter discutido este assunto na Alemanha, então não posso dizer que há uma conversa específica a respeito".
Além disso, "este não é um Sínodo sobre a sexualidade, mas sobre os jovens", acrescentou.
O Bispo africano disse também que o ensinamento da Igreja pode ser transmitido, como no seu país, através da família e da comunidade. Isto, afirmou, "é muito importante e a Europa pode aprender da África".
"As minhas igrejas estão cheias e não tenho mais espaço para os jovens" e "as minhas missas mais curtas duram pelo menos duas horas e meia", assegurou o Prelado.
Entretanto, explicou: "Eu não quero dizer que a África tem que ajudar a Europa a resolver o problema da juventude, mas a Igreja deve ver como resolver o problema global da juventude".
"Quando vemos as coisas no Sínodo, não solucionamos os problemas de um continente de maneira especial ou das igrejas locais, mas vemos a Igreja de uma perspectiva mundial", assegurou.
No dia 24 de outubro, os bispos receberam o rascunho do documento final do Sínodo, um texto de 56 páginas em italiano que será votado no sábado, 27.Depois da sua aprovação, esperam que o Papa escreva uma exortação apostólica pós-sinodal como ocorreu após da conclusão do Sínodo da Família, em 2015.

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