Padre ARMANDO TESTEMUNHO - Currículo

Padre ARMANDO
TESTEMUNHO - Currículo
FAMILIARES | VILABOENSES E AMIGOS
52 ANOS MISSIONÁRIO | Diocese do Porto 
(Ordenação sacerdotal: 24.set.1966 – Missa Nova: 09.out.1966)

AGRADEÇO: A DEUS, A MEUS PAIS, IRMÃOS, TIOS, SOBRINHOS, FAMILIARES, AMIGOS: e vou partilhar convosco meu pobre testemunho de irmão, pois fazeis parte da minha vida: servi Deus e a Missão: padre: 52 anos; Pároco (12 anos); - capelão de emigrantes e de cruzeiros; - professor: 29 anos; - jornalista: 53 anos; - viagens: 22 anos; - escritor: livros (7+); - calvário: 11 anos; - missionário pela imprensa. MUITO OBRIGADO.
(Como dizia São Paulo: isto não é para me envaidecer mas sim para reconhecer os dons que Deus me deu e o que tem querido fazer por meio de mim – porque o BEM a Ele pertence e o MAL é meu)

No dia 24 de setembro de 1966 fui ordenado sacerdote missionário, na capela de Santa Filomena, em Cucujães. Presentes o bispo ordenante, 1 padre do seminário e os familiares e amigos que tinham vindo de Vila Boa do Bispo. Os meus colegas de curso tinham sido ordenados 3 meses antes. Aos meus queridos familiares (em especial a Tia Aninhas que proporcionou meios para eu frequentar o Seminário) e amigos agradeço terdes-me ajudado a ser padre e mais padre e missionário com a vossa amizade e estímulo.

MISSA NOVA: foram padrinhos: Costa Lima, Armando Alves, Manuel Nunes, José Gonçalo e Joaquim Pinto. Costa Lima foi para mim um pai: nunca me faltou nada e tinha agendado uma casa para mim. Infelizmente Deus chamou-o bem cedo e espero que o tenha na sua Paz.VISITAS PASCAIS: tive a alegria de visitar todas as famílias e casas da frequesia em 7 anos que fiz a visita pascal num ambiente de muito carinho e afecto, estou muito agradecido a todos, pela maneira como sempre tratastes; FÉRIAS e PREPARAÇÃO PARA A COMUNHÃO SOLENE, eram uma espécie de estágio pela camaradagem com todos os estudantes, na igreja, nos ensaios de teatro e noutras actividades; PADRE em todos os 81 países onde estive – Portugal, Moçambique, África do Sul e Canadá - ou por onde passei com grupos, 
PÁROCO da cidade de Angoche – 12 anos, e visitas às comunidades do interior – quando vinha ao Maputo estava convidado para ir lanchar na Nunciatura com o Delegado Apostólico – por sua exigência; CAPELÃO DE CRUZEIROS: nos Cruzeiros da Abreu; EMIGRANTES: Capelão em Joanesburgo (África do Sul) substituindo os capelães que vinham de férias a Portugal (mês+), - uma vez o bispo chamou-me pedindo-me para ficar 2 anos na diocese para preparar líderes para as comunidades portuguesas de emigrantes: escreveu ao P. Dr. Trindade, então Superior Geral que não deu o ‘placet’; capelão em Toronto (um mês e meio: tendo feito férias porque o Capelão – açoreano não saiu e angariando 300 assinantes da Boa Nova, porque sem contactos); capelão do Cruzeiro MEDITERRÂNEO – EUGÉNIO COSTA, no circuito Veneza – Istambul; PROFESSOR com Diploma do Ministério da Educação, em Cernache do Bonjardim 21 anos inesquecíveis pelo carinho (Seminário, IVS e Cursos nocturnos), pela colaboração como Reitor (com a participação em 43 mil para reparação da igreja

com telhado novo, pintura interior e restauração de telas – ajuda também do IPPAR), e no Colégio São João de Brito, em António Enes – 13 anos como professor e Diretor; LAR SANTA TERESINHA em Cucujães - enviei para o Quarto "AMIGOS DE VERDADE", em Maio de 1998: 115 contos, em Junho 1998; 160 contos; JORNALISTA (CP 4072 A) desde 1965 - 53 anos – Editorialista de ‘Novidades’, como Chefe de Redacção da revista BOA NOVA e VOZ DA MISSÃO com mudança para cores, design e paginação, colaboração gratuita com milhares de artigos em jornais diários, mensais e semanais – colaboração que ainda continua; VIAGENS ‘Amigos
de Verdade’ e jornal trimestral ‘IDE’: 162 por 81 países, totalmente à minha responsabilidade com objectivos definidos: fé, cultura e repouso – maravilhosos retiros missionários durante pelo menos uma semana: quase todas para o estrangeiro atingindo 3 a 4 mil pessoas – com Hotéis 4 ou 5 estrelas pelas ‘Viagens Abreu’; ESCRITOR: 7 livros publicados e outros em preparação; e colunista do JM (online) aos domingos, desde Junho 2018.

APROVEITAMENTO DO SEMINÁRIO: 
Sem alunos era preciso aproveitar as instalações.
Uma das hipóteses seria criar um Pólo de CIÊNCIAS RELIGIOSAS ligado à UNIVERSIDADE CATÓLICA e com frequência nos fins de semana, aberto a Catequistas da zona pastoral e a toda a gente interessada: a ideia não teve anuência;

OBRAS DE RESTAURO (na igreja do Seminário de C.B. acima citadas); BIBLIOTECA: o IPPAR iria organizá-la e ordená-la sem despesas para o seminário; HOTEL RURAL: estava projectado um Hotel Rural nas casas abandonadas dos missionários laicos, estando ultimado e autorizado pela Direcç~ao Geral do Turismo e tendo o prazo de 1 ano para estar realizado: em nossa posse estava o projecto de engenharia e arquitectura e muitas dores de cabeça e trabalho com o Ecónomo Padre Viriato (não se fez nada – o Superior Geral Padre Jerónimo Nunes, pediu-me para ir tomar conta das publicações – por abandono doserviço pelo meu substituto P. Dr. Manuel Bastos - e ficou tudo em águas de bacalhau um projecto bem rentável, na altura e agora); SPAR: o hotel rural iria ter espaços lúdicos e de tratamento de saúde: campo de ténis, piscina, balneário de hidromassagens, fisioterapia,... para serviço dos utentes e da região; 

CAMPO DE GOLF: por sugestão de um membro do IPPAR, já que tínhamos um campo que podia ser facilmente adaptado, era um desporto de ricos e na altura não havia nada nas Beiras;

REMODELAÇÃO DA QUINTA: como Reitor e ecónomo pensei na rentabilidade da Quinta com o mínimo de pessoas, e mecanizado: 4 produtos: carne (gado charolês que já estava na quinta (15 vacas e 1 touro Flekvi), vinha (vinho engarrafado São Nuno), batata e grelos (muitos camiões passavam em Cernache vindos das Beira para Lisboa ( além destes 4 produtos só produção familiar para gastos da casa |+| outra metade da quinta ficaria para FLORESTA: com eucaliptos, pinheiros, e árvores variadas de pequeno porte e alguns animais selvagens...|+| OBRAS DE ORNAMENTAÇÃO E TRÂNSITO: estava no plano reparar a Avenida: tínha quem a calcetasse como oferta com trabalhadores e material (ficaria com 2 sentidos até à Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, 
depois seria alcatroada a variante que passaria pela fonte de Moisés até ao campo de Futebol com sentido único;
CALVÁRIO: problemas muito graves de coluna – com cirurgias cervical, lombar e aguardando outras duas por causa de uma queda, e grave DEPRESSÃO que me tem acompanhado (além de 3 esgotamentos tratados em Joanesburgo (2) e 1 em Portugal, sempre por ‘excesso de trabalho’ segundo neurologista – ‘com 52 anos já é tempo de ter juízo’, mas desde há 11 anos é uma ‘constante na vida’.
Como dizia Paulo Manna, depois de vir doente das Missões da China: agora sou ‘um missionário falido’ mas, pensando melhor: afinal posso falar, posso escrever. E lançou a ‘Italia Missionária’ que atingiu 100 mil exemplares de tiragem. Então dizia: já não sou um missionário falido pois reencontrei a minha vocação missionária… Faço minhas as suas palavras. 

(Tenho evitado Festas: 25 e 50 anos de sacerdócio: vividas no ‘silêncio e na oração” que é a melhor resposta para um mundo sem fé, sem Deus: e as comezainas e o palavreado que se ouve são indigestos ou deixam-nos vazios. Os 25 anos passei-os na Madeira com o Pe. José Alves em casa dum casal muito amigo que conheci na África do Sul e os 50 anos em casa de um casal amigo de Santa Maria da Feira, e que – Deus o tenha Céu – faleceu no dia 21). Um queda que já tem quase um ano, irá conduzir-me a duas cirurgias à coluna mas espero ainda mais cerca de um mês, sofrendo.

A TODOS OS QUE ME TÊM ACOMPANHADO NESTAS E NOUTRAS ACTIVIDADES, UM GRANDE ABRAÇO DE GRATIDÃO PELA AJUDA QUE SEMPRE ME DERAM E FORÇA PARA SER UM MISSIONÁRIO FELIZ. GRAÇAS AO SENHOR E A MARIA SANTÍSSIMA, NA SUA IMACULDA CONCEIÇÃO.. ALELUIA. Ad maiorem Dei gloriam (Para maior glória de Deus)


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