O ÚLTIMO SEGREDO2, de J.R. dos Santos, por Armando Soares

COMENTÁRIO: Quem é Jesus Cristo?
Cito palavras de Anselmo Borges no seu artigo de 15 de Outubro no DN (colaboração semanal) a respeito do Colóquio "Quem é Jesus Cristo?": "
Jesus Cristo está na base da maior religião: mais de dois mil milhões de seres humanos espalhados pelo mundo reclamam-se hoje da fé nele e dizem-se cristãos. A sua figura foi de tal modo determinante que a História se dividiu em antes e depois de Cristo. Ninguém tem dúvidas de que sem ele a História seria diferente.
No entanto, viveu num recanto do Império Romano e a sua intervenção pública pode não ter chegado a dois anos. Morreu como blasfemo religioso e subversivo social e político. Uma coligação de interesses religiosos e políticos de Jerusalém e Roma condenou-o à morte e morte de cruz, própria dos escravos.
Com essa morte ignominiosa, deveria ter sido o fim. O que se passou, para que, pouco depois, tivesse começado em seu nome um movimento que transformou o mundo e que chegou até nós? Após a dispersão, os discípulos voltaram a reunir-se, afirmando que ele está vivo em Deus.
Como escreve o historiador E. P. Sanders, professor em Oxford e Cambridge, "sabemos quem foi Jesus, o que fez, o que ensinou e porque morreu; e, talvez o mais importante, sabemos como inspirou os seus seguidores, que, por vezes, não o entenderam, mas que lhe foram tão fiéis que mudaram a História". "Em rigor, a ressurreição não faz parte da história do Jesus histórico, mas pertence ao resultado da sua vida."
Sem a convicção de fé dos discípulos de que ele é o Vivente em Deus, não haveria cristianismo. Só assim se entende a passagem do Jesus da história ao Cristo da fé, de tal modo que o seu nome agora é Jesus Cristo, Jesus em quem se acredita como o Cristo, o Messias e Filho de Deus.
Para os crentes, se Jesus não fosse o Cristo, não passava de mais um combatente bom pela Humanidade e um revolucionário crucificado. Há, porém, um outro perigo, mais subtil: o de se ficar apenas com o Cristo Senhor glorificado, esquecendo o Jesus histórico de Nazaré, e o que ele queria, e o que ele fez, numa mensagem e comportamento que o levaram à cruz.
Veja-se o que se diz no Credo: "Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigénito de Deus, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro. Por ele todas as coisas foram feitas. E, por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos céus. E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi crucificado; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia e subiu aos céus." Pergunta-se: e entre o nascimento e a morte na cruz, o que se passou? Não aconteceu nada? Ele não fez nada?
Este é que pode ser e tem sido o grande esquecimento. Tudo começou em São Paulo, que não tinha conhecido o Jesus histórico e, assim, só contactou com o Jesus glorificado, o Senhor, o Kyrios. Foi este Jesus Kyrios (Senhor) que ocupou o centro no quadro de interesses imperiais, como é sabido desde Constantino, e que acabou por legitimar poderes, domínios, guerras, uma Igreja senhorial".

Louvo a garra de escritor e de jornalista. Deixo de fora a de teólogo. Creio que se meuetu num campo errado e falso. Por isso pouco ou nada nos dá a respeito de Jesus Cristo a não sre a confusão. Confusão que até parece ser propositada e procurando um "guarda-chuva" na dialéctica filosofal do A.B. Ter-se-á equivocado. É certo que poderá provocar uma busca da verdade, pelos intelectuais, mas será maior o mal que fará pelos erros, incongruências, fraudes
e... Mas pode ficar certo que na paixão com que as pessoas querem saber coisas de Deus... o seu livro VENDE-SE!
Eu gostaria que um livro saido das minhas mãos se vendesse mas transmitisse aos leitores a verdade!

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