MÉXICO Insultos e violentas críticas aos bispos


A cidade do México tornou-se a primeira cidade da América Latina a legalizar os "casamentos" homossexuais. A legislação aprovada na vigília do Natal de 2010 vai além da de 2006, que permitia as uniões civis entre casais do mesmo sexo, concedendo a esses últimos os mesmos benefícios financeiros concedidos aos casais heterossexuais. Com o voto favorável do parlamento, os "casais" homossexuais terão também a possibilidade de adoptar crianças.
Diante do debate no México sobre a igualdade das uniões homossexuais ao "casamento", a Conferência Episcopal Mexicana levantou a voz em defesa do verdadeiro matrimônio, entre um homem e uma mulher.
O secretário-geral do episcopado, Dom Victor Rene Rodriguez, disse que os bispos expressam o seu apoio ao arcebispo do México, o Cardeal Norberto Rivera, e a “qualquer iniciativa que a Arquidiocese do México tome em relação a este tema, causa de polémicas na sociedade e dentro da família”. A instituição da família é responsável da procriação e de apresentar às crianças um pai e uma mãe, como referência para a sua educação e o seu desenvolvimento como pessoas. Neste sentido, os bispos de vários estados mexicanos expressaram a sua solidariedade ao Cardeal Rivera Carrera, por se ter expressado em defesa dos princípios da família e dos direitos dos menores.
O arcebispo de Guadalajara, Cardeal Juan Sandoval Iñiguez, disse que a aprovação das uniões homossexuais é deplorável. Em relação as possibilidades de adoptarem crianças, sublinhou que é “a coisa mais absurda, porque compromete gravemente a criança adoptada, enquanto distorce totalmente a sua capacidade de identidade”.
O arcebispo do México denunciou publicamente as violentas críticas recebidas por vários sectores anti-católicos por ter defendido a família: “os insultos e as acusações contra a Igreja Católica e seus ministros multiplicaram-se nestes dias, não somente nas expressões de alguns políticos do Distrito Federal, mas também entre muitos especialistas e apresentadores dos meios de comunicação, que expressaram o grau de intolerância no México” (AF).
Paulo VI, na Evangelii Nuntiandi, dirigindo-se aos religiosos/as diz: "(Os religiosos) são, pela sua própria vida, sinal de uma total disponibilidade para Deus, para a Igreja e para os irmãos. E, em tudo isto, portanto, têm os religiosos uma importância especial no quadro do testemunho que, conforme frisámos atrás, é primordial da evangelização.
Este seu testemunho silencioso, de pobreza e de despojamento, de pureza e de transparência, de entrega à obediência, pode tornar-se, ao mesmo tempo que uma interpelação para o mundo e para a própria Igreja, uma pregação eloquente, capaz de tocar o próprio coração dos não-cristãos de boa vontade, sensíveis a certos valores.
Com tal perspectiva, fácil se torna adivinhar o papel desempenhado na evangelização pelos religiosos e pelas religiosas consagrados à oração, ao silêncio, à penitência e ao sacrifício. Outros religiosos, em grande número, dedicam-se diractamente ao anúncio de Cristo. (...) Graças à sua consagração religiosa, são por excelência voluntários e livres para deixar tudo e ir anunciar o Evangelho até às extremidade da terra. Eles são empreendedores, e o seu apostolado é muitas vezes marcado por uma originalidade e por uma feição própria, que lhes granjeiam forçosamente admiração. Depois, são generosos: encontram-se com frequência nos postos de vanguarda da missão e a arrostar com os maiores perigos para a saúde e para a sua própria vida. Sim, verdadeiramente a Igreja deve-lhes muito! (EN 69).
A Igreja no México vai vivendo no meio de dificuldades. A UE transporta para os países da América Latina o apoio e ajuda para o aborto, para o gaysmo, para as uniões homossexuais. E o Episcopado tem de enfrentar a descristianização ou secularização do país.

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