Ecologia: Guterres e Jovens com «esperança» na Cúpula do Clima por P. Armando Soares


ECOLOGIA/crise climática
Ecologia: Guterres e Jovens com «esperança» na Cúpula do Clima por P. Armando Soares
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Guterres: Pessoa no centro - ambição e ação.
Em entrevistas antes do debate de líderes internacionais na Assembleia Geral, o Chefe da ONU, António Guterres, deu sinais de esperança e vontade de que a Cimeira se envolvesse em problemas concretos relativos ao aquecimento global do Planeta: “proteger a natureza, e oferecer soluções climáticas.”
Para o líder da ONU, existem duas palavras-chave: ação e ambição. Foi direto e claro: “não há mais tempo a perder na luta”, disse, e destacou os desafios que se colocam: “emergência climática, aumento da desigualdade, da intolerância e do contra a mudança climática”. E esta mudança ameaça tudo e todos.
Destacou a importância de se aumentar o número de soluções verdes, de construção da resiliência e a mobilização de financiamento e de trabalhos decentes para fazer a transição adequada para uma economia de matrizes limpas.
Disse ainda ter uma mensagem simples para os líderes internacionais: “priorizem as pessoas, seus pedidos, suas aspirações e seus direitos”; “ tragam planos em vez de discursos”.
Disse esperar que se encontre um grande número de planos para reduzir a quantidade de emissões de dióxido de carbono durante a próxima década.
Disse ainda ter uma mensagem simples para os líderes internacionais: “priorizem as pessoas, seus pedidos, suas aspirações e seus direitos”; “ tragam planos em vez de discursos”.

Jovens: não há tempo para esperar
A vice-secretária geral e enviado especial do secretário-geral falaram a jornalistas sobre Encontro de Cúpula de Ação Climática (CAC) da ONU e Cúpula do Clima da Juventude; encontros  a realizar em Nova Iorque a 21 e 23 de setembro.
Novas medidas para acelerar a transição para uma economia verde serão reveladas durante o Encontro.
Amina Mohammed, disse no dia 17 que o encontro “apresentará medidas práticas e novas para acelerar a transição do carvão para a energia limpa e reduzir a poluição que está prejudicando nossa saúde.” Segundo ela, serão ainda conhecidas “formas mais ecológicas de se trabalhar e movimentar, acelerando a transição em setores-chave, protegendo as pessoas dos impactos das mudanças climáticas».
O enviado especial do secretário-geral da ONU para este encontro, Luis Alfonso de Alba, também falou aos jornalistas. Disse que 100 jovens estavam viajando com bilhetes neutros em carbono para participar na Cúpula do Clima da Juventude, em 21. Segundo Alba, esses jovens “se juntarão a um número muito maior.” Ele disse que a “expectativa é reunir mais de 700 jovens no sábado e irá tentar acomodar o maior número possível no salão da Assembleia Geral."
A jovem suíça Marie-Claire Graf será uma das participantes. Falando a ONU News, em Genebra, disse que “realmente não há tempo para esperar.” Graf afirma que “o maior problema é que muitas pessoas ainda acham que apenas será um problema daqui a alguns anos, mas já é uma crise existencial.”
A ativista pede que os representantes mundiais “levem os jovens a sério”.

«Também somos Terra»
A rede ‘Cuidar da Casa Comum’ (CCC) promoveu em 23 de set. 19 o encontro “Também Somos Terra” para partilhar boas prática, divulgar a encíclica “Laudato sí” e afirmar a existência de “uma espiritualidade” que determina preocupações ecológicas.
Para Rita Veiga, da rede CCC é necessário pensar “em termos de uma ecologia integral”, que “é muito mais abrangente” do que a preocupação pela biodiversidade” e inclui as “vítimas” do desrespeito pela natureza.
Para a pastora Eva Michel, da Igreja Metodista, as preocupações com a salvaguarda do planeta são de todas as confissões cristãs e comunidades religiosas.“Durante muito tempo pensou-se que o homem tinha o direito de explorar a terra como entendia, mas agora já todos percebemos que a terra não nos foi entregue para cuidarmos dela”, afirmou.
É necessário recentrar a pessoa humana no planeta, onde precisa do “sol, mar, água, animais e plantas” para viver. “Nós como homens e mulheres fazemos parte da criação, somos uma parte de uma rede de vida”, sustentou.
Para Ilma Rios, da Igreja Lusitana, todas as comunidades têm de estar envolvidas nas questões de salvaguarda do planeta que “assolam a humanidade”.
“No momento em que vivemos, não dá para falar de espiritualidade sem estarmos preocupados com o meio ambiente, que é a nossa fonte de vida», sublinhou.
Teresa Vasconcelos, da Justiça e Paz, e do Movimento GRAAL, afirmou que a “Laudato sí” é referência na reflexão sobre o meio ambiente e no compromisso à mudança comportamental para todos os cristãos e para todo o mundo.

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