MÉDIO ORIENTE / outra guerra? M.O. “não pode arcar com outra guerra”, alerta enviado da ONU

MÉDIO ORIENTE / outra guerra?
M.O. “não pode arcar com outra guerra”, alerta enviado da ONU
 Para Nickolay Mladenov, paz duradoura apenas pode ser alcançada tendo como base a justiça, os direitos humanos e a lei internacio
28 outubro 2019 ONUNEWS
ONU/Loey Felipe

No Conselho de Segurança, Nickolay Mladenov falou de protestos na região e fez apelo para que Israel e Palestina retomem negociações; enviado aponta justiça, direitos humanos e lei internacional como bases para paz duradoura na região.
O coordenador especial da ONU para o Oriente Médio apontou a diplomacia preventiva como um dos instrumentos mais importantes para “acabar com as tensões, antes que estas se transformem em confrontos” na região.
Nickolay Mladenov falou esta segunda-feira por videoconferência em sessão do Conselho de Segurança sobre a região, destacando que o “Oriente Médio já viveu violência e injustiça suficientes e não pode arcar com outra guerra”.
Base Humanitária
Mladenov defendeu que continuem os esforços para diminuir as tensões e criar abertura para soluções políticas no interesse da paz regional. Sobre a Faixa de Gaza, ele disse que mesmo com as ações internacionais para impedir a guerra, estas não “podem ser sustentadas numa base puramente humanitária”.
A sugestão do enviado é que uma perspectiva política seja adotada e que essa “ilumine o caminho a seguir para a unidade dentro da Palestina e, finalmente, uma solução de dois Estados”.



Mladenov destacou que não se pode mais continuar atendendo as necessidades essenciais de Gaza a cada mês, “sem abordar a realidade política mais ampla, incluindo o isolamento rígido, a violência e a falta de união na região”.
O representante também citou questões na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. Entre elas, a construção e expansão de assentamentos, a “crise financeira não resolvida pela Autoridade Palestina e a economia que continua estagnada”.
Acordos
O enviado quer que as negociações entre Israel e Palestina sejam retomadas com a visão de dois Estados vivendo lado a lado, em paz segurança e um reconhecimento mutuo tendo como base as resoluções das Nações Unidas, a lei internacional e acordos anteriores.
O enviado mencionou os protestos que estão ocorrendo, destacando os que acontecem no Líbano e no Iraque. Mais de 1,5 milhão de libaneses querem a demissão do governo, que já adotou medidas e terminou o orçamento de 2020 com um défice. 
Passo Político
O enviado destacou ainda que no Iraque, pelo menos 74 pessoas morreram e 3.654 ficaram feridas em protestos, exigindo empregos e subsídios de habitação para os mais pobres. Durante as manifestações, mais de 90 edifícios foram queimados.
Em relação à Síria, Mladenov disse esperar que o lançamento de Comitê Constitucional previsto para esta semana, em Genebra, seja “um grande passo político” para responder às aspirações do povo.
Para toda a região, o enviado considera que uma paz duradoura somente pode ser alcançada tendo como base a justiça, os direitos humanos e a lei internacional.  

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