SÍNODO AMAZÓNIA/ Via-sacra
SÍNODO AMAZÓNIA/ Via-sacra
Assim foi a Via Sacra Amazônica realizada
hoje no Vaticano
19 Out. 19 / 12:31 pm (ACI).-
Via sacra amazônica. Foto: Anthony Johnson |
Na oração estiveram os indígenas da Amazônia do Brasil e
outros países, além de sacerdotes, religiosos, religiosas, membros da REPAM e bispos.
Entre os prelados participantes estava o Cardeal Pedro
Barreto, Arcebispo de Huancayo e Vice-presidente da Rede Eclesiástica
Pan-amazônica (REPAM) e Dom Roque Paloschi, Arcebispo de Porto Velho,
Presidente do Conselho Indigenista Missionário (CIMI).
Foi uma cerimônia em que, como está sendo habitual nos
eventos da Casa da Amazônia, haviam elementos de espiritualidade indígena e do cristianismo.
Os participantes, situados em círculo, levavam objetos típicos da Amazônia: uma canoa, a imagem da mulher grávida –que segundo os porta-vozes da Amazônia Casa Comum representa a fertilidade–, e uma cruz com a foto dos chamados “mártires do caminho”.
Os participantes, situados em círculo, levavam objetos típicos da Amazônia: uma canoa, a imagem da mulher grávida –que segundo os porta-vozes da Amazônia Casa Comum representa a fertilidade–, e uma cruz com a foto dos chamados “mártires do caminho”.
Entre os “mártires” estão: a irmã Dorothy Stang, Dom
Alejandro Labaka, o Ir. Vicente Cañas, a Irmã Inés Arango, o Pe. Alcides
Jiménez, o Pe. Ezequiel Ramin, o Pe. Rodolfo Lunkenbein, o Pe. Simao Bororo e o
líder seringueiro Chico Mendes.
Antes da Via Crucis partir rumo à Praça de São Pedro, um
indígena incensou os participantes tal qual fazem os indígenas amazônicos,
utilizando inclusive um incenso especialmente trazido da Amazônia para a
ocasião.
Depois desta cerimônia inicial, começou o Via Crucis propriamente
dito com suas 14 estações mais uma 15ª dedicada à Ressurreição.
As 14 estações estavam adaptadas: “Jesus é condenado a
morte”, “oprimido pela Cruz”, “abandonado por todos”, “mãe e filho”, “Jesus é
ajudado”, “a comunidade dos que sofrem e levam a carga”, “os despossuídos”, “o
clamor das mulheres”, “marginalizado e golpeado”, “despojado de suas
vestimentas”, “parecido na Cruz”, “morte na Cruz”, “semente de esperança”,
“trevas e sombras de morte”, e, a 15ª: “o ressuscitado acompanha ao povo de Deus
em seu caminho”.
Além disso, cada estação estava acompanhada por uma frase
ou tema: “direitos humanos”, “os grandes projetos de ‘desenvolvimento’ na Conca
do Amazonas”, “reconciliação”, “o encontro”, “as culturas da Pan-amazônia”, “um
chamado para todos/as”, “os que lutam por sua terra”, “mulheres na
Pan-amazônia”, “os mais vulneráveis”, “opressão do povo”, “destruição da
natureza”, “o mundo esmigalhado”, “o povo de Deus emerge”, “vida e morte”, “o
ressuscitado acompanha o povo de Deus em seu caminho”.
Ao chegar à Praça de São Pedro, enquanto se meditava
sobre a estação final, alguns dos participantes se deitaram no chão, sobre as
fotografias dos chamados mártires da Amazônia, simulando estar mortos. Ao
finalizar esta 15ª estação, dedicada à Ressurreição, as pessoas tombadas no
chão se levantaram simulando ressuscitar e elevaram as mãos ao céu em ação de
graças.
Por último, subiram a uma menina à canoa e, depois de
pintar símbolos amazônicos no seu rosto, colocaram nela um cocar e subiram-na
aos ombros sobre a canoa e, entre cânticos e aplausos, levaram-na em círculos
ao redor dos assistentes, concluindo o ato religioso.
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