TOLENTINO MENDONÇA/ cardeal Madeirense 2019: Papa criou D. José Tolentino Mendonça como cardeal
TOLENTINO
MENDONÇA/ cardeal Madeirense
2019: Papa criou D. José Tolentino Mendonça
como cardeal
Out 5, 2019 - 15:39
Celebração
incluiu entrega do barrete vermelho, anel e bula de nomeação
Foto Vatican NewsOctávio Carmo, enviado da AgênciLa ECCESIA ao Vaticano |
O Papa Francisco pronunciou hoje - 5 de outubro 2019 - o nome do arcebispo português D. José Tolentino
como novo cardeal da Igreja Católica, numa cerimónia que decorreu na Basílica de
São Pedro.
A
celebração começou com um momento de oração em silêncio, do Papa, diante do altar
da Confissão, sobre o túmulo do apóstolo São Pedro, seguindo-se a saudação dos
novos cardeais, antes de uma oração proferida por Francisco, a leitura do
Evangelho e a homilia.
Após
esta intervenção, o Papa leu a fórmula de criação e proclamou em latim os nomes
dos cardeais, para os unir com “um vínculo mais estreito” à sua missão;
seguiu-se a profissão de fé e o juramento dos novos cardeais, de fidelidade e
obediência ao Papa e seus sucessores.
Foto: Lusa |
Cada
um dos novos cardeais ajoelhou-se para receber o barrete cardinalício, de
acordo com a ordem de criação: D. José Tolentino Mendonça foi o segundo dos 13
prelados presentes.
Francisco
entregou ainda um anel aos cardeais para que se “reforce o amor pela Igreja”,
seguindo-se a atribuição a cada cardeal uma igreja de Roma – que simboliza a
“participação na solicitude pastoral do Papa” na cidade -, bem como a entrega
da bula de criação cardinalícia, momento selado por um abraço de paz.
No
anel cardinalício são evocadas as colunas da Basílica de São Pedro, a cruz e os
apóstolos Pedro e Paulo.
D. José Tolentino Mendonça foi criado cardeal-diácono, recebendo a
igreja de São Domingos e Sisto.
Na
leitura da bula pontifícia, por lapso, houve uma repetição de igrejas e o Papa
indicou uma diaconia errada ao cardeal português.
Cada
cardeal é inserido na respetiva ordem (episcopal, presbiteral ou diaconal), uma
tradição que remonta aos tempos das primeiras comunidades cristãs de Roma, em
que os cardeais eram bispos das igrejas criadas à volta da cidade
(suburbicárias) ou representavam os párocos e os diáconos das igrejas locais.
Após
o Consistório, Francisco e os novos cardeais vão cumprimentar o Papa emérito
Bento XVI, com quem rezaram no Mosteiro Mater Ecclesiae, onde este reside.
A
chamada ‘visita de cortesia’ aos novos cardeais vai decorrer entre as 18h00 e
as 20h00 locais (menos uma em Lisboa); no caso do cardeal português, tem lugar
no espaço da Sala Régia, do Palácio Apostólico.
Biblista,
investigador, poeta e ensaísta, o novo cardeal foi nomeado a 1 de setembro e é
o sexto prelado português a integrar o Colégio Cardinalício no século XXI, o
terceiro no atual pontificado
.
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D.
José Tolentino Mendonça nasceu em Machico (Arquipélago da Madeira) em 1965,
tendo sido ordenado padre em 1990 e bispo a 28 de julho de 2018; foi reitor do
Pontifício Colégio Português, em Roma, diretor da Faculdade de Teologia da
Universidade Católica Portuguesa e diretor do Secretariado Nacional da Pastoral
da Cultura, da Igreja Católica em Portugal.
A 26
de junho de 2018, o Papa nomeou D. José Tolentino Mendonça como arquivista do
Arquivo Secreto do Vaticano e bibliotecário da Biblioteca Apostólica,
elevando-o à dignidade de arcebispo; o até então vice-reitor da Universidade
Católica Portuguesa orientou nesse ano o retiro de Quaresma do Papa Francisco e
seus mais diretos colaboradores.
D.
José Tolentino Mendonça, comendador da Ordem do Infante D. Henrique, título que
lhe foi atribuído em 2001 pelo ex-presidente da República Jorge Sampaio, e da
Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, atribuída por Aníbal Cavaco Silva, antigo
chefe de Estado.
Dezenas
de portugueses acompanharam a criação cardinalícia de D. José Tolentino
Mendonça no Vaticano, onde marcaram presença a ministra da Justiça, Francisca
Van Dunem, e o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque.
Portugal
teve até hoje com 46 cardeais,
a começar pelo chamado Mestre Gil, escolhido pelo Papa Urbano IV (1195- 1264).
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