SÍRIA/ invasão turca curdos
SÍRIA/ invasão turca curdos
Religiosa
portuguesa alerta para «consequências muito graves» de invasão turca
Out 14, 2019 - 10:56
Irmã Maria Lúcia Ferreira vive
num mosteiro em Qara
Foto: Lusa |
A irmã Myri, como é
conhecida, referiu à fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) que as
tropas “entraram na região de Hassaké e isso pode ter consequências muito
graves”.
A cidade síria,
destaca a AIS, tem uma “histórica comunidade cristã”.
Já o arcebispo
católico de Erbil, no Iraque, veio a público manifestar a sua preocupação pelo
destino dos “refugiados inocentes e os deslocados de todas as religiões” que
estão a ser forçados a fugir de suas casas por causa da violência.
Numa nota enviada à
Fundação AIS, D. Bashar Warda considera “iminente” uma nova onda de refugiados.
em Erbil e no norte do Iraque, pedindo que a comunidade internacional “possa
estar pronta para ajudar, se e quando chegar a hora de proteger esses
inocentes”.
D. Jacques Hindo,
arcebispo sírio-católico de Hassaké-Nisibis, mostra-se particularmente
preocupado com a fuga dos detidos jihadistas do Estado Islâmico.
“Este é um plano para
destruir a Síria e não só. Agora os terroristas chegarão também na Europa,
através da Turquia e com o apoio da Arábia Saudita”, denuncia.
Este domingo, no
Vaticano, o Papa apelou hoje ao diálogo, recordando em particular a situação
das famílias cristãs na fronteira junto à Turquia.
“O meu pensamento vai
mais uma vez para o Médio Oriente, em particular para a amada e martirizada
Síria, de onde chegam de novo notícias dramáticas sobre a sorte das populações
do nordeste do país, obrigada a abandonar as próprias casas por causa das ações
militares”, declarou, antes da recitação da oração do ângelus, na Praça de São
Pedro.
Perante dezenas de
milhares de pessoas que acompanhar a Missa com cinco canonizações, no Vaticano,
Francisco recordou que a intervenção militar da Turquia no nordeste da Síria
afeta “muitas famílias cristãs”.
“A todos os
envolvidos e à comunidade internacional, por favor: renovo o apelo a um
compromisso sincero no caminho do diálogo, para procurar soluções eficazes”,
declarou.
Segundo a ONU, mais
de 130 mil pessoas deixaram as suas casas nas cidades de Tal Abyad e Ras
al-Ain, desde que a ofensiva turca começou no nordeste da Síria, na
quarta-feira, informou hoje a ONU (Organização das Nações Unidas).
A Turquia declarou
que o objetivo da ofensiva é combater e afastar da região a milícia curdo-síria
Unidades de Proteção Popular (YPG, integrante das FDS), que os turcos
consideram uma organização terrorista.
OC
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