FUNCHAL/ Ano missionário Encerramento em Cabo Gir
FUNCHAL/ Ano missionário
Encerramento em Cabo Gir
ão: D. Nuno deixa duas
interrogações
Por Luisa Gonçalves
13 Outubro, 2019
Foto: Duarte Gomes |
D. Nuno Brás presidiu ao
início da noite deste sábado, dia 12 de outubro, no Santuário de Nossa Senhora
de Fátima, no Cabo Girão, ao Encerramento do Ano Missionário.
Numa homilia baseada na
ideia de que a Palavra de Deus cura, até “as piores doenças e a marginalização
humana”, D. Nuno lembrou à assembleia que, no entanto, e para que isso
aconteça, é preciso “reencontrar Deus”, é preciso “regressar para junto do
Senhor”,
e quotidianamente, entregarmo-nos ao que nos pode verdadeiramente
salvar. É necessária “a conversão que conduz à fé e à salvação: ‘A tua fé te
salvou’”.
Além disso, frisou o
prelado, é essencial celebrar, “louvar o Senhor” e dar testemunho desse
encontro aos outros, “seja por meio de palavras”, “com voz forte”, como diz São
Lucas, de “atitudes”, de “gestos”, e “com o nosso modo de viver”, porque a
Palavra de Deus não pode ser aprisionada.
Essa entrega total,
“essa atitude em que deixamos de confiar nos nossos pensamentos e
nas nossas
forças, para nos entregarmos totalmente Àquele que nos pode salvar de todas as
lepras”, faz de nós cristãos, missionários e será sempre “motivo de celebração”
e “uma Igreja que vive e celebra a sua fé é uma Igreja missionária”, como nos
pede que sejamos o Papa Francisco.
Depois
de referir que o ano missionário, vivido em comunhão com todas as dioceses
portuguesas está a chegar ao fim e que na Diocese do Funchal ele teve como lema
“Ser Cristão, Viver em Missão”, o bispo diocesano disse que “mais do que
recordar as tantas atividades realizadas”, se foram poucas ou muitas, “importa
agora confrontarmo-nos com duas interrogações”.
A
primeira é “se de facto crescemos na atitude missionária, o mesmo é dizer se
aprendemos a proclamar bem alto, fortemente, as maravilhas que Deus fez por nós
de modo a testemunhá-lo e a convidar outros a também eles se deixarem encontrar
pelo Senhor”.
A segunda é “se fomos
capazes de regressar para junto do Senhor e dar-lhe graças, não apenas com as
nossas palavras e atitudes, mas com aquelas que Ele próprio nos inspira a nós
como crentes, como comunidades e como Igreja Diocesana, porque não duvidemos:
uma Igreja que vive e celebra serenamente a fé é por isso mesmo missionária”.
D. Nuno terminou
apelando aos muitos fiéis que responderam à chamada para participar nestas
cerimónias, que “peçam ao Senhor que nos purifique também a nós das nossas
muitas lepras”, para que sejamos sempre “reconhecidos por Ele nos ter
encontrado no caminho da nossa vida”, para que o reconheçamos “presente no meio
de nós”, porque “assim poderemos viver sempre em missão”, vivendo a nossa
condição de cristãos, de “discípulos misionários”.
Tal como estava previsto
estas celebrações tiveram início com a bênção das velas e dos terços
missionários. Seguiu-se depois a recitação do terço em diferentes linguas,
pedindo pelos diferentes continentes.
A Eucaristia,
concelebrada por vários sacerdotes, entre os quais o Pe. Adelino Macedo Costa,
pároco da Quinta Grande, que agradeceu a todos os que tornaram possível esta
cerimónia, terminou no exterior do Santuário, com a benção das cruzes e a
oração do envio.
Comentários
Enviar um comentário