VATICANO Papa Francisco evocou vítimas do atentado em Paris na missa da manhã

VATICANO
Papa Francisco evocou vítimas do atentado em Paris na missa da manhã
Rui Jorge Martins *
Publicado em 08.01.2015

As vítimas do atentado cometido ontem em Paris, dentro e fora da redação do jornal satírico “Charlie Hebdo”, foram evocadas esta manhã pelo papa Francisco na missa a que presidiu no Vaticano.
«O atentado de ontem em Paris faz-nos pensar em tanta crueldade, crueldade humana; em tanto terrorismo, seja no terrorismo isolado, seja no terrorismo de Estado. A crueldade de que o homem é capaz», afirmou o papa no início da celebração, refere a Rádio Vaticano.
«Rezemos, nesta missa, pelas vítimas desta crueldade. Tantas. E peçamos também pelas pessoas cruéis, para que o Senhor mude os seus corações», acrescentou Francisco.
Já ontem o papa tinha exprimido, através de uma declaração emitida pela Sala de Imprensa da Santa Sé, «a mais firme condenação» pelo «horrível atentado» que causou 12 mortos, entre jornalistas e polícias, e «lançou na consternação toda a sociedade francesa, perturbando profundamente todas as pessoas amantes da paz, bem para lá das fronteiras da França».
Francisco «participa na oração pelo sofrimento dos feridos e das famílias dos defuntos» e «exorta todos a oporem-se com todos os meios à difusão do ódio e de toda a forma de violência, física e moral, que destrói a vida humana, viola a dignidade das pessoas, mina radicalmente o bem fundamental da convivência pacífica entre as pessoas e os povos, não obstante as diferenças de nacionalidade, de religião e de cultura», assinala o comunicado.
Qualquer que seja a motivação, prossegue a nota do gabinete de imprensa, «a violência homicida é abominável, nunca é justificável, a vida e a dignidade de todos sejam garantidas e protegidas decididamente, toda a instigação ao ódio seja rejeitada, seja cultivado o respeito pelo outro».
O papa «exprime a sua proximidade, a sua solidariedade espiritual e o seu apoio a todos aqueles que, segundo as suas diferentes responsabilidades, continuam a empenhar-se com constância pela paz, a justiça e o direito», para «curar em profundidade as fontes e as causas do ódio», num «momento doloroso e dramático, em França e em cada lugar do mundo marcado por tensões e violências». * Secretariado Nacional da pastoral da cultura


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