RÚSSIA Em direto/São Petersburgo. Segunda bomba desactivada no metro
Em direto/São Petersburgo.
Segunda bomba desactivada no metro
10 mortos e 47 feridos é o balanço avançado pelas
autoridades após a explosão entre duas estações de metro em São Petersburgo. As
autoridades russas encontraram e desarmaram uma segunda bomba no metro
Autoridades podem estar a centrar suspeitas em dois grupos
De acordo com Frank Gardner,
correspondente da BBC para questões de Segurança, “as autoridades russas estão
a ter grande cuidado com toda a informação libertada para o exterior”, dando
exemplo de uma declaração do procurador-geral desde logo retirada. As autoridades
estão à procura de provas entre os resíduos das explosões, centrando atenções
nesta fase em dois suspeitos. “Um: um grupo inspirado no ISIS enfurecido pelos
recentes ataques aéreos da Rússia na Síria; dois: nacionalistas chechenos (ou
até a combinação de ambos)”, avançou
Reação do maquinista pode ter ajudado a salvar várias
vidas
No meio disto tudo, há um
apontamento positivo que pode ser retirado. Segundo a porta-voz do Comité de
Investigações da Rússia, Svetlana Petrenko, a reação do maquinista da carruagem
onde aconteceu a explosão pode ter salvado várias vidas.
“A explosão aconteceu entre
[duas] estações e o maquinista tomou a decisão absolutamente correta de não
parar o comboio e levá-lo até à estação, o que permitiu imediatamente proceder
a uma evacuação e a dar assistência aos feridos”, explicou Svetlana Petrenko,
segundo a agência TASS.
“Não colocamos de parte isto
ter ajudado a evitar um número de mortes maior”, acrescentou.
Primeiro-ministro da Rússia fala em "atentado
terrorista"
O primeiro-ministro da Rússia,
Dimitri Medvedev, reagiu e disse inequivocamente que a explosão de hoje faz
parte de um “atentado terrorista”:
Todos os feridos do ataque
terrorista no metro de São Petersburgo terão todos os cuidados médicos. O
Ministério da Saúde e o Ministério para as Situações de Emergência receberam
ordens. Ofereço as minhas sinceras condolências para os entes queridos das
vítimas da explosão. Esta dor é partilhada.”
Segunda bomba estava escondida num extintor
Segundo a Interfax, a segunda
bomba, que as autoridades conseguiram desarmar, tinha cerca de 1 quilo de TNT e
estava escondida dentro de um extintor.
Transportes públicos russos continuam a ser principais
alvos
Os ataques em transportes
públicos da Rússia não são novos. Longe disso.
Em 2009, a explosão de uma
bomba provocou o descarrilamento de um comboio que fazia a viagem entre Moscovo
e São Petersburgo, à noite, causado a morte de 39 pessoas e deixando 87
feridas.
Em março de 2010, um duplo
atentado suicida no metro de Moscovo por duas mulheres, cada uma com três
quilos de explosivos, vitimou quase 40 pessoas e feriu várias dezenas nas
estações de Lubyanka e Park Kultury. Aqui, e tendo em conta que a primeira
estação ficava muito próxima da sede da FSB, sucessora do KGB, foi feita a
ligação entre o ataque e os serviços de segurança do país.
A 29 e 30 de dezembro de 2013,
houve dois grandes atentados em dias consecutivos em Volgogrado, no sudeste do
país: no primeiro, uma mulher chechena fez-se explodir numa estação de comboio,
tendo matado 18 pessoas e ferido outras 15; no segundo, menos de 24 horas
depois, um atentado num autocarro elétrico vitimou 14 pessoas e feriu dezenas.
Na altura, falou-se muito que um dos objetivos seria colocar em risco, ou pelo
menos deixar sobreaviso, a organização dos Jogos Olímpicos de Inverno, em
Sochi.
Antes, em outubro, a explosão
de um autocarro suburbano na mesma cidade tinha matado seis pessoas e ferido
55.
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