CAMARÕES/ BokoHaramperseguição Boko Haram ataca paróquia em tentativa de sequestro de sacerdotes
CAMARÕES/ BokoHaramperseguição
Boko Haram ataca paróquia em tentativa de sequestro de sacerdotes
Foto: AIS |
Um grupo de homens armados
atacou a paróquia de Manguirida, situada no norte
dos Camarões, durante a noite de 23 para 24 de Janeiro.
Em resultado do ataque, pelo menos três pessoas
foram mortas, havendo ainda a lamentar uma dezena de feridos. Segundo o site Vatican News, que
cita autoridades locais, o ataque visaria “sequestrar os sacerdotes que viviam
na paróquia”.
Ao que tudo indica, tratou-se de mais um acto
violento da responsabilidade do grupo islamita Boko Haram que procura
instaurar um ‘califado’ na região norte da Nigéria tendo estendido já as suas
acções terroristas para os países vizinhos, nomeadamente os Camarões, o Chade e
o Níger.
Ainda segundo o Vatican News, “a segurança presente
deu o alarme, e a população local, armada de bastões e facas, enfrentou os
terroristas conseguindo bloqueá-los”.
Esta não é a primeira vez que o Boko Haram ataca
directamente igrejas e paróquias nos Camarões. Há precisamente um ano, na
madrugada do dia 15 de Janeiro, militantes do Boko Haram atearam fogo a várias
casas e a duas igrejas na aldeia de Roum, situada também no extremo
norte dos Camarões.
Em resultado desse ataque, além das duas igrejas queimadas,
morreram quatro pessoas e grande parta das cabanas e celeiros da aldeia foram
igualmente destruídos.
Os Camarões vivem uma situação terrível. Além dos
ataques dos islamitas do Boko Haram, que actuam com relativa impunidade na
região fronteiriça entre os Camarões e a Nigéria, há ainda a violência em
consequência dos confrontos entre o exército e independentistas que
pretendem autonomizar a região onde predomina a língua inglesa.
Ainda recentemente, em Outubro do ano passado, como a Fundação AIS então noticiou, um
seminarista, Gérard Anjiangwe,
de apenas 19 anos de idade, foi assassinado brutalmente por um grupo de
militares em frente à Igreja paroquial de Santa Teresa de Bamessing, uma aldeia
no noroeste do país.
Calcula-se que, em resultado deste conflito político
já terão morrido mais de quatro centenas de pessoas apenas desde o início do
ano passado.
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