FNO/FAITH´s/Lisboa Autenticidade e verdade no palco do «Faith’s Night Out» 2019
FNO/FAITH´s/Lisboa
Autenticidade e verdade no palco do «Faith’s Night Out» 2019
Fev 23, 2019 - 23:59 Ecclesia
Oradores apresentaram 12 conferências de sete minutos num Centro de
Congressos esgotado
Foto: RR |
As Equipas de Jovens de Nossa Senhora
dinamizaram hoje o ‘Faith’s Night Out’ (FNO) 2019, 12 conferências de sete
minutos em que vários oradores deram testemunhos sobre fé e a religião na sua
vida.
Os músicos Manuel Fúria e Tiago Cavaco uniram-se para falar da fé Cristã
que partilham, num meio artístico que é “hostil” a essas manifestações, a quem
assume a religião, e responder a perguntas do também músico Pedro Castro, que é
católico.
Manuel Fúria referiu que “Deus transparece” na sua música e que descobriu
a sua voz “aos 20 anos”, depois de outros projetos, quando percebeu que “o que
tinha de fazer tinha de ser uma coisa verdadeira”: “Tinha de ser o Manuel que
acredita em Deus, que pensa em português e que nasceu em Santo Tirso e veio
estudar para Lisboa”.
Tiago Cavaco é baptista, pastor na igreja da Lapa, em Lisboa, falou numa
“separação entre rock and roll e a Igreja”, assinalando que “ter medo de ser
convertido é fantástico até na Igreja”.
‘Em Cristo, nós que somos muitos, formamos um só’ foi o tema geral do
‘Faith’s Night Out’ 2019 no Centro de Congressos de Lisboa, que as Equipas de
Jovens de Nossa Senhora esgotaram pela sexta vez consecutiva.
Carla Rocha, da Rádio Renascença, falou sobre ‘A força da autenticidade’ e
destacou a importância da “história de vida única” de cada pessoas e a
importância de a partilhar com o mundo, mesmo em contexto profissional, numa
entrevista de emprego.
O corpo como templo do Espírito Santo foi o tema da que a bailarina e
professora de dança Carolina Duarte, a qual desafiou os presentes a “pensar no
corpo como canal de Deus”.
A fundadora do projecto d’Art referiu que, do ponto de vista das artes, é
“complicado perceber barreiras” e no palco, onde “expressa uma mensagem”, pode
“estar próxima de Deus” através da dança e passar mensagens sobre Ele e o que
quer para si.
Outros oradores foram o economista e professor universitário João César
das Neves e o professor Mário Rosa, mestre em Filosofia, que falaram, respetivamente,
sobre anjos e dogmas; Francisco Rodrigues dos Santos, presidente da Juventude
Popular, disse que um político “não pode ter medo”, que os valores são
“inegociáveis”; o Mosteiro Beneditino de Roriz (Santo Tirso) “veio” até Lisboa
através da irmã Maria Catarino, para quem a “clausura nunca é fim mas um meio
ao serviço do essencial”.
“Não há educação sem Igreja”, afirmou a diretora do Colégio de São Tomás,
Isabel Almeida e Brito realçando a importância de uma educação católica e
lembrando que a sua começou na paróquia.
Margarida Montanha Rebelo, jovem das Equipas Jovens de Nossa Senhora, usou
sete fotografias para contar sete histórias acerca de voluntariado e formas de
“levar Jesus” aos outros, como com as Missionárias da Caridade – em Chelas,
Tânger e Calcutá – ou na organização de dois FNO, mobilizandos os jovens à
responsabilidade na Igreja, a serem “influencers no século XXI”.
Maria Durão, terapeuta no Vale d’Ácor, falou sobre caridade e alertou para
o “risco” da transformação em “profissional da caridade”; uma mesa para cinco,
onde houve um brinde, foi colocada em palco para a família Morais Leitão, um
pai, uma mãe e três filhos – dois rapazes e uma rapariga – que partilharam
cinco pontos que os“fazem “ser família: “Crescimento, união, serviço, dor e
amor”.
O padre Jesuíta Pedro Rocha Mendes encerrou o encontro, transformando a
pergunta “há um plano para mim?” na afirmação “há um sonho de Deus para mim”.
Segundo o religioso, é preciso “experimentar Deus, como Ele é”, na escuta
mútua e no compromisso e convidou os presentes a serem “beatos,
bem-aventurados, felizes” e “santos”, a uma vida com sentido.
Os
lucros angariados com a venda dos bilhetes do FNO 2019, revertem para as
Equipas de Jovens de Nossa Senhora na Síria, país em guerra civil desde 2011.
Foi anunciado que o ‘Faith’s Night Out’ vai regressar à Diocese do Porto
este ano, no final de junho.
As Equipas de Jovens de Nossa
Senhora surgiram em 1976 e são um movimento católico dirigido
aos jovens entre os 16 e os 26 anos. Promovem o encontro e a formação,
oferecendo aos seus membros diversas atividades para crescerem e aprofundarem a
Fé.
CB/OC
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