MISERICÓRDIAS/sinalvermelho Presidente da União das Misericórdias alertou que instituições estão no «sinal vermelho»
MISERICÓRDIAS/sinalvermelho
Presidente da
União das Misericórdias alertou que instituições estão no «sinal vermelho»
Fev 8, 2019 - 17:59
Manuel Lemos apelou à
atualização das comparticipações pelo Governo português
José Vieira da Silva e Manuel Lemos; Foto Samuel Mendonça/Folha do Domingo |
O presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP)
afirmou que as instituições “há muito que entrou no sinal vermelho” e apelou à
atualização da comparticipação pública, na abertura do congresso nacional, em
Albufeira.
“É urgente iniciarmos
um processo de renovação dessa comparticipação para valores aceitáveis sob pena
de regressarmos aos salários em atraso e ainda pior a baixas excessivas de
qualidade da que justamente nos obrigamos”, disse Manuel de Lemos, esta quinta-feira.
Na informação enviada
hoje à Agência ECCLESIA, o jornal ‘Folha do Domingo’ da Diocese do Algarve,
destaca a presença do ministro português do Trabalho, da Solidariedade e da
Segurança Social, José Vieira da Silva, no inicio do 13.º Congresso Nacional
das Misericórdias, que termina este domingo, em Albufeira.
“Acredito que o
Governo e o partido que o sustenta não permitam que o mais que necessário
reforço do setor público do Serviço Nacional de Saúde se faça em detrimento da
atividade das instituições da economia social, cuja competência em termos
técnicos e de proximidade é reconhecida por todos desde, a Entidade Reguladora
da Saúde aos cidadãos”, referiu o presidente da UMP.
Manuel Lemos referiu
também que a situação no setor dos Cuidados Continuados é “extremamente
preocupante” quanto “à remuneração”, quando “mais de 80%” no âmbito da rede
nacional são no setor social.
“Os nossos lares
parecem, cada vez mais, unidades de cuidados continuados, da mesma forma que
todos os dias se debate, cada vez mais e depressa, a fronteira entre a
segurança social e a saúde”, acrescentou.
Para este responsável
será em “sede de apoio domiciliário” que o futuro da prestação de cuidados aos
idosos “há de ser centrada” e revelou que vê o que as novas tecnologias já estão
“a poder proporcionar aos cidadãos”, sem prejuízo das respostas funcionais que
“não hão de ser dispensadas nos tempos mais próximos”.
O presidente da União
das Misericórdias Portuguesas destacou que estas instituições “nem são
concorrenciais ao Estado”, nem o setor social é um ramo do setor privado, mas
“um ramo do direito privado”, que, “constitucionalmente, não se confunde com o
setor”.
“A cooperação também
veicula o Estado a cumprir o que propõe e acorda e ter presente que os
compromissos assumidos são para cumprir; É que, muitas vezes, esses
compromissos criam expetativas, implicam avultados investimentos, geram
empregos sustentáveis, contribuem para coesão territorial e social”,
desenvolveu.
Na sua intervenção,
Manuel Lemos recordou que o pacto para a solidariedade assinado com o Estado
tem quase 22 anos e, “nessa altura, era suposto que o valor da comparticipação
se devia situar na faixa dos 50% do custo final da resposta”.
Bispo D. manuel Quntas e Manuel Lemos
Foto Samuel Mendonça/Folha do Domingo
|
"A sustentabilidade tem, evidentemente, a ver com o equilíbrio financeiro da instituição, mas esse equilíbrio tem que ter por pressuposto qualidade na prestação, salários mais justos, equipamentos mais dignos, abertura ao investimento em inovação”, salientou, divulga o jornal ‘Folha de Domingo’.
‘Missão, Rigor e
Compromisso’ é o lema do 13.º Congresso Nacional das Misericórdias e o seu
presidente explicou que quer dizer: “Rigor na gestão; Compromisso com as
pessoas e com a cooperação com o Estado” e missão porque tudo o que fazem “se
ancora nos valores”.
Antes, na Eucaristia
de abertura do encontro, o bispo do Algarve disse que
as Misericórdias tocam, cuidam e curam “as chagas humanas e sociais”. Ecclesia
Comentários
Enviar um comentário