INDÍGENAS/cuidarplaneta Francisco: «Povos indígenas recordam a nossa responsabilidade de cuidar do planeta».
INDÍGENAS/cuidarplaneta
Francisco: «Povos
indígenas recordam a nossa responsabilidade de cuidar do planeta».
Fev 14, 2019 - 11:21
Francisco destaca exemplo
destas populações como «chamada de atenção para o Homem que não é dono da
natureza»
Foto Vatican Media |
O Papa destacou hoje –
14 fev. - em Roma os povos indígenas
como uma memória viva da “responsabilidade que todos os seres humanos devem
ter” em relação ao cuidado com o planeta, com a “casa comum” que é a Terra.
Francisco esteve hoje
na sessão de abertura do 42.º encontro anual do Conselho Diretivo do Fundo
Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), das Nações Unidas,
durante o qual deixou uma mensagem aos
responsáveis daquele organismo, e saudou um grupo de representantes dos povos
indígenas.
Esta delegação de
povos indígenas participou na capital italiana num fórum mundial organizado
pela FIDA, dedicado ao tema “Fomentar os conhecimentos e as inovações dos povos
originários em ordem à promoção da mudança climática e do desenvolvimento
sustentável”.
“A presença de vós
todos aqui”, disse Francisco, “mostra que as questões ambientais têm uma
importância vital e desafia-nos a olhar novamente para o nosso planeta, ferido
em muitas regiões pela avidez humana, por conflitos bélicos que resultam numa
torrente enorme de males e tragédias, e por catástrofes naturais que espalham a
devastação e a miséria”.
Para o Papa, “não é
possível continuar a ignorar estes flagelos, ou responder a eles com
indiferença e falta de solidariedade, ou adiar as medidas que possam contribuir
para a sua resolução”.
“Só um vigoroso
sentido de fraternidade irá fortalecer as nossas mãos para socorrer quem mais
precisa e abrir ao futuro as gerações que aí vêm”, sustentou.
O Papa argentino
frisou ainda que “os povos indígenas são um grito vivo a favor da esperança”,
pois “com a sua copiosa variedade de línguas, culturas, tradições,
conhecimentos e métodos ancestrais, se convertem para todos numa chamada de
atenção para o Homem, que não é dono da natureza mas apenas um guardião”.
Francisco enalteceu o
exemplo dos povos indígenas, a sua relação com o ambiente e com a Terra, para
recordar que a humanidade “tem como vocação velar pela natureza com esmero,
para que não se perca a sua biodiversidade, para que a água possa continuar a
correr sã e cristalina, para que o ar seja puro, os bosques frondosos e o solo
fértil”.
“Se determinadas
decisões tomadas até agora a têm estropiado (a Terra), nunca é tarde para
aprender a lição e adotar um novo estilo de vida”, apontou o Papa, que depois
especificou a principal atitude a tomar para mudar o atual paradigma.
“Trata-se sobretudo
de adotar uma maneira diferente de proceder que, deixando para trás atitudes
superficiais e hábitos nocivos, supere o individualismo atroz, o consumismo
compulsivo e o egoísmo frio”, completou Francisco. JCP|Ecclesia
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