VENEZUELA/ajudahumanitária Quatro mortos e 285 feridos em confrontos junto à fronteira da Venezuela
VENEZUELA/ajudahumanitária
Quatro mortos e 285 feridos em
confrontos junto à fronteira da Venezuela
Militares leais a Maduro abriram fogo e incendiaram três camiões de
ajuda humanitária.
23.02.19
Forças
militares leais a Maduro incendeiam camiões com ajuda humanitária Pelo menos
285 pessoas ficaram este sábado feridas durante distúrbios registados durante a
entrada de ajuda humanitária na Venezuela junto à fronteira com a Colômbia,
revelou o ministro dos Negócios Estrangeiros colombiano, Carlos Holmes
Trujillo. "Estes atos que violam os direitos humanos ocorridos em
território venezuelano causaram até ao momento 285 feridos", afirmou o
ministro.
O
deputado da Assembleia Nacional da Venezuela (dominada pela oposição), Juan
Andrés Mejía, relatou ainda que na localidade venezuelana de Santa Elena de
Uairén, junto à fronteira com o Brasil, verificou-se "um massacre contra o
povo indígena", dando conta de "quatro pessoas assassinadas e mais de
20 feridos por balas". Anteriormente, as forças de segurança colombianas
tinham indicado a existência de 43 feridos, todos eles venezuelanos, em
confrontos na principal ponte que liga a Colômbia à Venezuela.
FOTOGALERIA36 FOTOSForças militares leais a Maduro incendeiam camiões com ajuda humanitária. Tensão aumenta entre militares e população. Foto Reuters |
Os
confrontos acontecem no dia da chegada de ajuda humanitária à Venezuela e
juntam-se a outros atos violentos ocorridos junto à fronteira do país com a
Colômbia e o Brasil. A tensão entre militares e população tem vindo a aumentar
à medida que Juan Guaidó força a entrada de ajuda humanitária na Venezuela e
Nicolàs Maduro nega a entrada dessa mesma ajuda. Forças leais a Maduro chegaram
mesmo a queimar três camiões de ajuda humanitária que passaram a fronteira,
segundo avança a imprensa venezuelana. A registar há pelo menos 10
feridos à medida que a tensão aumenta. Maduro corta relações diplomáticas com a
Colômbia e expulsa funcionários da embaixada colombiana A deserção do
Major-general do exército Hugo Enrique Parra Martínez fez com que outros
13 militares lhe seguissem as pisadas abandonando o regime de Nicolàs Maduro,
segundo avança a AFP. Os desertores rumaram para a Colômbia para se
juntar a Juan Guaidó na luta por uma "Venezuela livre".
Perante
o cenário vivido no país que preside, Nicolàs Maduro afirma que vai cortar
relações diplomáticas com a Colômbia e expulsou os funcionários da embaixada
colombina na Venezuela. "Decidi romper todas as relações políticas e
diplomáticas com a Colômbia. Não se pode aceitar que continuem a disponibilizar
o território colombiano para provocações contra a Venezuela", disse.
O
anúncio teve lugar em Caracas, na Avenida Urdaneta (nas proximidades do palácio
presidencial de Miraflores) perante milhares de simpatizantes que hoje
efetuaram uma marcha em defesa da revolução bolivariana. Ajuda humanitária
atravessou fronteira Juan Guaidó anunciou através do Twitter que já entrou um
camião com ajuda humanitária na Venezuela. O presidente interino
venezuelano sublinha ainda que esta é uma grande conquista para o país.
"Anunciamos oficialmente que a primeira remessa de ajuda humanitária já
entrou pela nossa fronteira com o Brasil", escreveu Guaidó na rede social.
Atualmente,
Juan Guaidó encontra-se na cidade colombiana de Cúcuta, onde assistiu, na
fronteira, à partida simbólica de camiões com ajuda humanitária para a
Venezuela.
População
venezuelana e militares em confrontos junto à fronteira com a Colômbia A
população venezuelana está este sábado em confrontos com militares junto à
fronteira com a Colômbia. Na cidade de Ureña a tensão aumentou, depois de
a população se deparar com o bloqueio de ajuda humanitária. Nicolàs Maduro
encerrou a fronteira esta quinta-feira com o Brasil e na sexta-feira com a
Colômbia e justificou que tal decisão se devia "às ameaças"
contra a sua soberania. Balas de borracha e gás lacrimogéneo foram usados para
afastar os manifestantes que lutavam para chegar à Colômbia - onde se
encontrava a ajuda - através da ponte fronteiriça de Ureña.
Mas Guaidó saiu do país, e encontrou-se na Colômbia com um grupo de eurodeputados - entre eles, Paulo Rangel: O presidente interino da Venezuela foi recebido por Iván Duque, presidente da Colômbia, Sebastián Piñera, presidente do Chile e Mario Abdo Benítez, presidente do Paraguai. Também estava presente Luís Almagro, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos. Este sábado, dia 23 de fevereiro, foi a data apontada por Guaidó como a da entrada de ajuda humanitária na Venezuela. Contudo, o governo de Maduro fechou as fronteiras com a Colômbia: uma das três pontes que liga os dois países foi bloqueada com contentores. As outras duas estão fechadas ao trânsito há vários anos. Porém, a oposição venezuelana quer criar correntes humanas que permitam o transporte dos alimentos e fármacos. Esta sexta-feira, duas pessoas morreram durante os conflitos entre militares e populações indígenas da Venezuela junto à fronteira do país com o Brasil. "O que eles mostraram foi o rosto das mães venezuelanas" Na rede social Twitter, Juan Guaidó confessou que tudo o que foi mostrado foi "o rosto das mães venezuelanas" durante o confronto. "Essas mães venezuelanas têm força para lamentar a fome dos seus filhos", escreveu o presidente interino da Venezuela
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