VENEZUELA/ajudahumanitária Diretora da Cáritas espera pela assistência humanitária para «salvar vidas e aliviar o sofrimento do povo»
VENEZUELA/ajudahumanitária
Diretora da
Cáritas espera pela assistência humanitária para «salvar vidas e aliviar o
sofrimento do povo»
Fev 12, 2019 - 19:06
Janeth Márquez explica que
Igreja Católica e sociedade civil querem «enfrentar a grave crise económica e
social»
Foto: Lusa |
A diretora da Cáritas
da Venezuela afirmou hoje – dia 12 fev.2019 - que a organização católica espera
“as autorizações necessárias” para que entre a “ajuda humanitária” na escala
que o país precisa para “salvar vidas e aliviar o sofrimento do povo”.
“Esperamos que
preceda o bem comum e que o trabalho em torno desta ajuda seja realizado com a
coordenação e os mecanismos necessários para ajudar sem acrescentar mais
confrontos ao que já temos no país”, disse Janeth Márquez, socióloga e
politóloga.
Com mais de 30 anos
de experiência em trabalho social na Igreja, a responsável explicou que a
Cáritas, a Conferência Episcopal da Venezuela e a Associação de Religiosos e
Leigos ainda esperam “uma resposta” para que entre no país a “ajuda humanitária
na escala” que precisam para “salvar vidas e aliviar o sofrimento do povo”.
“Nos últimos três
anos, a Caritas de Venezuela, juntamente com outras organizações da sociedade
civil e a Igreja, solicitou assistência humanitária para enfrentar a grave
crise económica e social”, explicou a diretora da organização caritativa da
Igreja Católica.
Janeth Márquez
adianta que a Caritas da Venezuela investigou as denúncias de que adolescentes
e jovens estavam a ser recrutados pelo exército e “não foram confirmados estes
casos”.
“O que se confirma
são os números de detidos resultantes da repressão vivenciada no país durante
as manifestações de 23 de janeiro e que atingem 966 pessoas, das quais 700
permanecem detidas e 47 são estudantes”, desenvolveu a responsável, que
articula também o trabalho de 34 Cáritas Diocesanas, 412 Cáritas paroquiais.
Essa repressão
aconteceu “em áreas populares”, o que “viola os direitos fundamentais”.
No seu sítio online,
a Cáritas da Venezuela apresenta a linhas de ação para este ano convencida que
apenas o trabalho conjunto dos venezuelanos pode “construir uma sociedade
justa, fraterna e de valores cristãos verdadeiros”.
A instituição realça que 2018 foi um ano “de
grandes desafios para os venezuelanos” e exemplifica que “sem estruturas de
referência” diante de uma situação “económica gravemente deteriorada”, deixaram
a população entre o “desamparo e incerteza”, e a Igreja Católica “tem sido um
farol”, um reservatório de “esperança, unidade e compromisso”. Ecclesia
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