PROFESSORES/greve Qualquer solução para os professores que saia da Assembleia "arrisca-se a ser inconstitucional"
PROFESSORES/greve
Qualquer solução para os professores que saia da
Assembleia "arrisca-se a ser inconstitucional"
27 DE FEVEREIRO DE
2019 - 15:15
Deve o Parlamento ajudar Governo e
professores a encontrar uma solução para o tempo de serviço? David Justino diz
que não cai "na rasteira" do Bloco de Esquerda.
Foto: Paulo Spranger/Global Imagens |
Carolina Rico
David Justino considera que cabe apenas ao Governo
encontrar uma solução para as exigências dos professores no que toca às
carreiras.
"Qualquer instrumento legal que saia da Assembleia,
que invada aquilo que são competências exclusivas do Governo arrisca-se a ser
inconstitucional", alerta o vice-presidente do PSD, no programa da TSF
"Almoços Grátis".
Isto depois de o Bloco de Esquerda ter desafiado a
Direita a unir forças num cenário de apreciação parlamentar no caso da
recuperação do tempo de serviço dos professores.
"Nessa rasteira não caio, nem o PSD vai cair",
assegura David Justino. Os sociais-democratas estão "disponíveis"
para a ajudar a resolver o problema.
As soluções existem, garante, mas não passam pelas
progressões - "Há outros discursos disponíveis em que se pode capitalizar
o tempo" de serviço dos professores e que não tenham um "impacto
imediato e direto" no Orçamento.
David Justino diz não perceber "porque é que não há
imaginação e boa vontade para resolver o problema" e confessasse mesmo
"envergonhado" com a postura do ministro da Educação, Tiago Brandão
Rodrigues.
Por seu lado, Carlos César defende que "a única
entidade que não se moveu nas negociações foi o sindicato dos
professores".
O presidente do PS insistiu que qualquer solução
encontrada para uma das classes profissionais tem de ter em conta que outras
esperam tratamento semelhante.
É certo "que o país não ia colapsar" se o
Governo despendesse 490 milhões de euros para repor os nove anos, quatro meses
e dois dias que os professores exigem, mas a resposta teria de ser a mesma para
todas as classes ligadas à função pública que viram as suas carreiras
congeladas.
E repor os tempos de serviço de militares, enfermeiros,
médicos, magistrados, guardas prisionais, bombeiros sapadores, entre outros,
obrigaria a um "compromisso de milhares de milhões de euros que não é
comportável", pelo menos para já - "em 2020 os Governos devem voltar
a ponderar essa matéria", defende.
"O Governo assumiu um compromisso: de descongelar
as carreiras da administração publica, não assumiu o compromisso de repor o
tempo de serviço com retroativos", reiterou o socialista.
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