MOÇAMBIQUE/terrorismo Ataques na província de Cabo Delgado fizeram vários mortos e feridos
MOÇAMBIQUE/terrorismo
Ataques na
província de Cabo Delgado fizeram vários mortos e feridos
Fev 28, 2019 - 12:31
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) denunciou que três
ataques, há menos de uma semana, causaram a morte a sete pessoas e fizeram
vários feridos, na região de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.Na informação
enviada à Agência ECCLESIA, o secretariado português da AIS explica que uma
viatura de transporte de passageiros foi parada por um grupo desconhecido
quando se deslocava entre Macomia e Mucojo, a cerca de 100 quilómetros de Cabo
Delgado.
“Invadiram a viatura
e dispararam sobre os passageiros, provocando seis mortos, entre os quais uma
criança, e vários feridos que foram transportados para o Hospital Provincial
de Pemba”, refere a fundação pontifícia.
Antes, na
quinta-feira dia, 21 de fevereiro, dois ataques em Cabo Delgado causaram “pelo
menos um morto e seis feridos”, num dos casos o alvo foi uma caravana com
trabalhadores da empresa petrolífera Anadarko.
Segundo adianta a
AIS, os ataques “não foram reivindicados” e uma fonte da empresa Anadarko disse
à comunicação social que o grupo era constituído por 15 pessoas, vestidos de
preto, que dispararam contra a caravana, ferindo várias pessoas.
A fundação pontifícia
contextualiza que a província de Cabo Delgado tem sido alvo de “ataques
sistemáticos desde outubro de 2017”, com assaltos a aldeias, destruição de
casas e assassinato de pessoas.
“Calcula-se que mais
de centena e meia de moçambicanos tenham perdido a vida nesses ataques”, refere a Ajuda
à Igreja que Sofre, observando que não são “reivindicados por nenhuma
organização” e permitem “todas as especulações possíveis”.
A AIS, no Relatório
sobre Liberdade Religiosa 2018, dá conta que a situação de Moçambique
manteve-se em relação a 2016, um país onde a liberdade religiosa está
consagrada na Constituição e nas leis do país.
Recentemente, o bispo
da Diocese de Inhambane disse que a
Igreja Católica em Moçambique está preocupada com os ataques jihadistas e com a
pobreza, que aumentou nas zonas rurais.
CB/OC
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