FRANCISCO/escravidão.crime As modernas formas de escravidão são crimes contra a humanidade
FRANCISCO/escravidão.crime
As modernas formas de
escravidão são crimes contra a humanidade
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9
Fevereiro, 2019
O Papa recebeu os membros da Fundação Galileo, 08.02.2019 Foto: Vatican Media |
L’Osservatore
Romano
As modernas formas de
escravidão são «uma ferida aberta no corpo da sociedade, uma chaga na carne de
Cristo e um crime contra a humanidade», reiterou o Papa Francisco ao saudar os
membros da Galileo Foundation, recebidos em audiência na manhã de sexta-feira,
8 de fevereiro, na Sala do Consistório.
Agradecendo aos
presentes pelo «generoso compromisso a favor da missão pastoral da Igreja»,
expresso através do «patrocínio a uma ampla variedade de projetos», o Pontífice
frisou em particular o trabalho realizado pela instituição «a fim de aumentar a
consciência sobre a situação de quantos sofrem pobreza e exploração,
especialmente de quantos são prisioneiros do crime do tráfico de seres
humanos». Trata-se de «uma tarefa urgente e essencial para os cristãos de hoje»
afirmou Francisco, evidenciando a coincidência do encontro com a celebração da
memória litúrgica de Santa Josefina Bakhita, «padroeira das vítimas do tráfico
de seres humanos». A sudanesa, recordou, «conheceu por dolorosa experiência
pessoal a realidade da escravidão e as suas consequências violentas e
humilhantes», mesmo se no final «conheceu a verdadeira liberdade e a autêntica
alegria». Portanto, a sua experiência de santidade representa uma chamada não
só «a enfrentar com maior determinação as modernas formas de escravidão» mas
«também a aprender do seu grande exemplo»: a santa, garantiu o Papa «ensina-nos
como nos dedicar aos pobres com ternura, delicadeza e compaixão».
Ao tema do tráfico
Francisco dedicou também um tweet postado durante a manhã na conta @Pontifex:
«O tráfico de pessoas é uma terrível violação da dignidade humana. Abramos os
olhos sobre esta chaga vergonhosa e empenhemo-nos para combatê-la», escreveu,
acrescentando o hashtag oficial do Dia mundial de oração e reflexão que se
celebra precisamente a 8 de fevereiro (#InsiemeControLaTrattaDiPersone) e a
conta @M_RSezione da secção para os Migrantes e Refugiados do Dicastério para o
serviço do desenvolvimento humano integral.
O Pontífice referiu-se de novo ao drama das
escravidões modernas foi feita pelo Pontífice também durante o encontro
sucessivo com uma representação dos Missionários da África (padres brancos) e
das Missionárias de Nossa Senhora da África (irmãs brancas), recebidos em
audiência na Sala Clementina por ocasião dos cento e cinquenta anos do
nascimento dos dois institutos. «Sois chamados a semear esperança, lutando
contra todas as formas hodiernas de escravidão» recomendou Francisco,
convidando os religiosos e as religiosas a estar «próximos dos pequeninos e dos
pobres, de quantos esperam, nas periferias das nossas sociedades, para ser
reconhecidos na sua dignidade, acolhidos, protegidos, reerguidos, acompanhados,
promovidos e integrados
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