SAÚDE/ greveenf Marcelo aplaude cumprimento de serviços mínimos na greve de enfermeiros
SAÚDE/ greveenf
Marcelo aplaude
cumprimento de serviços mínimos na greve de enfermeiros
09 DE FEVEREIRO DE
2019 - 19:51
Presidente da República valoriza o posicionamento de
todas as partes a favor dos direitos à vida e à saúde.
Foto: LUSA |
Greve em cirurgia
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa,
manifestou-se este sábado – dia 10 fev 2019 - satisfeito com o cumprimento dos
serviços mínimos pelos enfermeiros durante a greve, na sexta-feira, e o
posicionamento de todas as partes a favor dos direitos à vida e à saúde.
"Acho uma boa notícia o respeito pelos serviços
mínimos, ontem [sexta-feira], acho uma boa notícia haver aqui uma preocupação
de todos pelos doentes e pelos seus direitos, nomeadamente o direito à vida e o
direito à saúde, e por outro lado espero - e todos devemos esperar, respeitando
o papel de um órgão de soberania, que são os tribunais - a decisão judicial
relativamente à intimação que foi anunciada", respondeu o chefe de Estado.
Marcelo Rebelo de Sousa fez esta declaração aos
jornalistas em Albufeira, após participar na sessão de encerramento do XIII
Congresso Nacional das Misericórdias, e disse serem estas as únicas palavras
que deveria proferir de momento sobre o conflito laboral entre Governo e
enfermeiros, depois de o executivo socialista liderado por António Costa ter
recorrido à requisição civil durante a greve decretada pelos enfermeiros.
Sobre a sua
intervenção no Congresso das Misericórdias, o Presidente da República destacou
o papel destas instituições ao longo de cinco séculos em Portugal e considerou
necessário haver um reconhecimento legal do trabalho que prestam ao nível da
saúde, sobretudo junto da população idosa, que será cada vez maior e mais envelhecida
no futuro, devido às tendências demográficas, e precisará de mais cuidados
continuados.
(…) Marcelo Rebelo de Sousa considerou que, num país
envelhecido, como o que os especialistas em demografia perspetivam, "vai
ser preciso ter condições de acolhimento de uma população idosa cada vez mais
numerosa, em que os hospitais públicos não devem servir para isso, porque têm
outras prioridades, o setor privado não vai servir para isso, na grande maioria
dos casos, e o setor social, também aí, é insubstituível".
O Presidente da República falou ainda na importância
para a democracia de este setor da economia social se ter organizado na
Confederação Portuguesa da Economia Social e passar a ter representação no
Conselho Económico Social.
"Espero que seja acolhida no Conselho Social e que
seja possível que venha obter um estatuto de parceiro e interlocutor social
importante, porque isso pode ser útil e significativo para o diálogo, o
pluralismo e a participação numa sociedade democrática, progressista e avançada
como é aquela que nós queremos e que está na Constituição", referiu.
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