TERRORISMO/n.zel. O que significam as inscrições nas armas do atacante da Nova Zelândia?

TERRORISMO/n.zel.
O que significam as inscrições nas armas do atacante da Nova Zelândia?
15 DE MARÇO DE 2019 - 18:26
As armas e os carregadores utilizados pelo homem que atacou duas mesquitas na Nova Zelândia, provocando a morte de 49 pessoas, tinham vários nomes e datas com referência às cruzadas e crimes de ódio.
in TSF
Nas fotos pode ler-se, por exemplo, o nome de Gaston IV, visconde francês que participou na primeira cruzada. Vienna 1683 remete para a resistência da capital austríaca ao cerco, dois meses, pelo Exército turco e que impediu o avanço do império otomano sobre a Europa.
Também é visível uma referência a Sebastiano Venier, comandante das tropas venezianas na batalha de Lepanto contra o império otomano, ou a Novak Vujosevic,herói da batalha de Fundina, contra o Exército turco, em que matou 28 inimigos.
São igualmente citados acontecimentos mais recentes. É o caso do escândalo de abusos sexuais ocorrido em Rotherham, cidade do norte de Inglaterra, em que a maioria dos envolvidos eram de origem paquistanesa.
Josue Estebanez, neonazi espanhol, condenado a 26 anos de prisão por homicídio com motivações ideológicas, e Luca Traini, que no ano passado disparou sobre seis imigrantes em Itália, são outros dos nomes visíveis.
As fotos foram divulgadas pelo atacante, que transmitiu o atentado, em direto, nas redes sociais.

Viagem pela Europa na origem do ódio
Brenton Tarrant, de 28 anos, reivindicou a autoria dos disparos e escreveu um manifesto anti-imigração para justificar as ações.
No texto, o atacante explica que começou a planear o atentado terrorista depois de ter visitado a Europa, há dois anos, altura em que também passou por Portugal.
O australiano diz ter ficado "enfurecido" com a diversidade cultural existente em França.
O manifesto diz que "os europeus" estão a morrer e a ser "substituídos" por imigrantes com uma "cultura inferior e perigosa".
No documento, Tarrant, que foi detido, garante que não era a fama que o motivava e mostra a intenção de sobreviver ao acontecimento, esperando espalhar o medo.

Na sequência deste ataque, pelo menos 49 pessoas morreram e outras 48 ficaram feridas.



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