SETÚBAL/idairenquar Diocese encaminha donativos da renúncia quaresmal para vítimas do ciclone Idai
SETÚBAL/idairenquar
Diocese encaminha
donativos da renúncia quaresmal para vítimas do ciclone Idai
Mar 24, 2019 - 17:22
D. José Ornelas sublinha
esforços de solidariedade das autoridades e sociedade civil
Foto: Lusa |
O bispo de Setúbal anunciou hoje, em carta enviada ao clero
diocesano, que parte da renúncia quaresmal vai ser encaminhada para a
Arquidiocese da Beira, em Moçambique, para ajuda às vítimas do ciclone Idai.
“Nos últimos dias,
temos recebido informações dramáticas sobre as consequências trágicas do
ciclone que atingiu a região central de Moçambique e outras zonas de países
vizinhos, com especial gravidade na cidade da Beira”, refere uma nota assinada
por D. José Ornelas.
O responsável saúda a
mobilização das autoridades e da população portuguesa, “para prestar a ajuda
possível e tão necessária a quem se encontra em condições tão extremas”.
“Também nós,
comunidade cristã de Setúbal, sentimos certamente o apelo destes irmãos e irmãs
e somos desafiados a partilhar, segundo as nossas possibilidades, para aliviar
as ingentes dificuldades destas pessoas”, pode ler-se na mensagem.
Os donativos
recolhidos nas comunidades católicas durante o tempo de preparação para a
Páscoa vão, assim, ajudar a Igreja da Venezuela, “na crise extrema dos pobres
que a ela recorrem” e auxiliar a Diocese da Beira “a minorar as carências das
vítimas do recente temporal”.
O objetivo de
contribuir para o fundo de emergência da Diocese, originalmente previsto
nesta renúncia quaresmal, “poderá ser parcialmente ajudado pelo peditório da
Cáritas e será tido em conta por outras formas de ajuda”, indica D. José
Ornelas.
“Que o Senhor nos
acompanhe, no caminho de Quaresma que estamos a percorrer, abrindo o nosso
coração à sua Palavra e ao seu Perdão e igualmente às necessidades de quem, de
perto ou de longe precisa da nossa atenção e da nossa ajuda”, conclui o
bispo de Setúbal.
Em Moçambique, o número de mortos subiu hoje para 446; no
Zimbabué foram contabilizadas 259 vítimas mortais e no Maláui as autoridades
registaram 56 mortos, tratando-se ainda de números provisórios.
O ciclone Idai, na
noite de 14 de março, afetou pelo menos 2,8 milhões de pessoas nos três países
africanos; a área submersa em Moçambique é de cerca de 1300 quilómetros
quadrados, segundo estimativas de organizações internacionais.
De acordo com as
informações vindas da Cáritas Moçambicana, as principais necessidades das
famílias afetadas são alimentos, água, roupa, abrigo, utensílios de cozinha e
de higiene.
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