JUVENTUDE/papajovens Vocações: Papa pede pastoral juvenil que ajude os jovens a encontrar sentido para a vida
JUVENTUDE/papajovens
Vocações: Papa pede pastoral
juvenil que ajude os jovens a encontrar sentido para a vida
Mar 9, 2019 - 11:00
Mensagem para o Dia Mundial de
Oração pelas Vocações pede «renovado» esforço a «toda a Igreja»
O Papa Francisco apelou hoje à
Igreja para que ajude os jovens a escolher a sua vocação, que fomente “ocasiões
de escuta e discernimento”.
“Há necessidade duma pastoral
juvenil e vocacional que ajude a descobrir o projeto de Deus, especialmente
através da oração, meditação da Palavra de Deus, adoração eucarística e direção
espiritual”, escreveu o Papa Francisco na mensagem para o 56.º Dia Mundial de
Oração pelas Vocações, que este ano se assinala a 12 de maio.
Reconhecendo “não ser fácil
discernir a própria vocação e orientar justamente a vida”, pediu o Papa um
“renovado esforço por parte de toda a Igreja – sacerdotes, religiosos,
animadores pastorais, educadores – para que proporcionem, sobretudo aos jovens,
ocasiões de escuta e discernimento”.
Francisco parte da “experiência
vivaz e fecunda” que foi o Sínodo dos Bispos dedicado aos jovens, em outubro
passado, e da XXXIV Jornada Mundial da Juventude, que em janeiro aconteceu no
Panamá, para recordar os espaços em que a Igreja ouviu “a vida dos jovens”, as
suas interrogações, “canseiras que sobrecarregam” e “as esperanças que neles
vivem”.
Promessa e risco são palavras
que, indica o Papa, norteiam a história de cada vocação.
Escreve Francisco que “o
chamamento do Senhor” não se trata de uma “ingerência de Deus” na liberdade de
cada pessoa: “não é uma «jaula» ou um peso que nos é colocado às costas”.
O Papa alerta para a resignação
do “viver o dia a dia” sem horizonte, “pensando que não há nada por que valha a
pena comprometer-se apaixonadamente”, calando a “inquietação interior de
procurar novas rotas para a navegação” e ficando “inerte” perante caminhos que
lhe “poderiam dar significado”.
“A vida não deve ficar presa nas
redes do sem-sentido e daquilo que anestesia o coração. Em suma, a vocação é um
convite a não ficar parado na praia com as redes na mão, mas seguir Jesus pelo
caminho que Ele pensou para nós, para a nossa felicidade e para o bem daqueles
que nos rodeiam.
O Papa fala em “coragem de
arriscar uma escolha” e correr o “risco de enfrentar um desafio inédito”.
“É preciso deixar tudo o que nos
poderia manter amarrados ao nosso pequeno barco, impedindo-nos de fazer uma
escolha definitiva; é-nos pedida a audácia que nos impele com força a descobrir
o projeto que Deus tem para a nossa vida”.
Na mensagem, Francisco foca ainda
a vocação batismal, “a chamada à vida cristã”, à qual todos foram convocados
dia do seu batismo.
A comunidade eclesial é o local
onde “nasce e se desenvolve a existência cristã”, através da prática litúrgica
e dos sacramentos e onde “desde tenra idade” se ensina a “partilha fraterna”.
O Papa sublinha ainda a
importância das vocações “ligadas ao mundo do trabalho e das profissões”, onde
o “compromisso no campo da caridade e da solidariedade, nas responsabilidades
sociais e políticas”, se evidenciam.
“Trata-se de vocações que nos
tornam portadores duma promessa de bem, amor e justiça, não só para nós mesmos,
mas também para os contextos sociais e culturais onde vivemos, que precisam de
cristãos corajosos e testemunhas autênticas do Reino de Deus”.
O chamamento à vida consagrada ou
ao sacerdócio, indica o Papa, é “uma descoberta que entusiasma e, ao mesmo
tempo, assusta”, porque inclui o “risco de deixar tudo”.
“Não há alegria maior do que
arriscar a vida pelo Senhor”, enfatiza o Papa Francisco.
Aos jovens encoraja para não se
deixarem “contagiar pelo medo” ou serem “surdos” ao chamamento vocacional.
Relembrando quem serviu de guia
na Jornadas Mundiais da Juventude, no Panamá, o Papa indica Maria
como aquela que “não permitiu que o medo a vencesse”. L|Ecclesia
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