CICLONE/milhõesdecrianças Moçambique vs. Notre-Dame: a hipocrisia


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Moçambique vs. Notre-Dame: a hipocrisia
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Não foi uma catedral, mas apenas 1000 mortes e 1,6 milhão de crianças ignoradas pelo mundo
Publicado Quarta, 24 Abril 2019 por Vamos lá Portugal em Notícias

Não foi uma catedral, mas apenas 1000 mortes e 1,6 milhão de crianças ignoradas pelo mundo
4 de março de 2019. Provavelmente poucos se lembram desta data. Mas em Moçambique esta data jamais será esquecida.
Foi deste 4 a 15 de março que um ciclone atingiu Moçambique. Foram dias e dias de um verdadeiro interno. Bairros, cidadãos, casas e principalmente famílias. Foi tudo afetado.
O resultado foi mais de 1000 mortos e 1.6 milhões de crianças a precisar de ajuda humanitária urgente, além de grandes partes de Moçambique, Madagascar, Malaui e Zimbábue destruídas. Os números são dramáticos!
Segundo a UNICEF, os casos de cólera e malária entre a população geral aumentaram para 4,6 mil e 7,5 mil, respetivamente, desde que o ciclone atingiu o país africano.
Mas há outra história…
No dia 16 de abril de 2019, cerca de um mês depois, um incêndio atingiu a catedral histórica de Notre-Dame, construída em 1.163.
Os telejornais abriram com a notícia. Convidaram “especialistas” para falar do assunto. Todo o planeta acompanhou ao minuto tudo isto.
Um dia depois, a BBC lança esta manchete, de que pessoas ricas estavam a doar milhões e biliões para ajudar a reconstruir a Catedral. Existe até um projeto de crowdfunding para isso.
Mas, como diria Philippe Martinez, líder de um sindicato Francês, “se podem dar milhões para reconstruir a catedral, não nos digam que não há dinheiro para as emergências sociais”.
## Vamos falar de religião?
Já que estamos a falar da reconstrução de uma catedral cristã, vale a pena lembrar de como Jesus Cristo tratou o valor que os fariseus davam aos costumes, tradições e ao próprio templo, como local sagrado, em substituição ao valor da vida humana. O ministério de Cristo foi exercido em grande parte nas ruas. Ele entendia o valor do templo e frequentava-o semanalmente (nas sinagogas), mas sabia que o Espírito Santo só habitaria verdadeiramente não em um “templo feito por mãos de homens”, mas no corpo humano.
Moral da história…
Se os empresários bilionários tivessem a mesma comoção e disposição de ajudar os milhões que agora precisam de ajuda em Moçambique, Madagascar, Malaui e Zimbábue, como tiveram com Notre-Dame, certamente não seriam necessários “apelos” internacionais.
Pense nisto!

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